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Used oil soap – calcium carbonate
I noticed that some initiatives of reusing used oil with the production of soap, both individual entrepreneurship as NGOs, using calcium carbonate or dolomite – ore of calcium carbonate and magnesium.
I was curious because the addition of such charges levied on the product costs and only justified if it had a very specific function. Ask information and how no one answered, I decided to do some tests.
The formula used was this. The water based dye blue dye was used for better visualization of the test. To measure the difference in hardness of the soap was improvised device this mimics an apparatus for measuring impact. Consists of a driver tube, 1 meter high which is released by a steel rod with 15g weight. Gravity this rod goes through the driver tube and penetrates into soap. The hardness is measured by penetration depth (mm).
The soap was drying for 25 days before hardness test and both with and without carbonate, had the same hardness value of 6 mm.
The foaming test was done with a shaving brush rubbed in a standard way to develop the soap foam. Not noticed any difference. The behavior of the wet soap was also identical, forming the “gooey” feature of this type of soap.
To test the oxidation (rancidity) of soap, they were left next to a glass window exposed to direct sun in the morning for 10 days.
Significant difference, the soap with calcium carbonate has much better oxidation resistance.
Conclusion:
From what has been tested we can only say that calcium carbonate improves the oxidation resistance of this type of soap that is very prone to rancificar. I believe that this is not the main reason to use dolomite or calcium carbonate used in oil soap, but unfortunately was unable to have more elements that could justify its use. I also regret that the people who use this kind of load does not divulgem the merits of doing this, so that the costs justify the penalty, everyone would gain.
Sabão de óleo usado – carbonato de calcio
Observei que algumas inicitiavas de reaproveitamento de óleo usado com a produção de sabão, tanto de empreendedorismo individual quanto de ONG, usam o carbonato de calcio ou dolomita – minério de carbonato de calcio e magnésio.
Fiquei curioso porque a adição destas cargas onera os custos do produto e só justificaria se tivesse uma função muito específica. Pedi informações e como ninguém respondeu, resolvi fazer alguns testes.
A fórmula usado foi essa. O corante base água de cor azul foi usado para a melhor visualização do teste.
Para medir a diferença na dureza do sabão foi improvisado este dispositivo que imita um aparelho de medida de impacto. Consiste de um tubo direcionador, de 1 metro de altura por onde é lançado uma haste de aço com 15g de peso. Por gravidade esta haste percorre o tubo direcionador e penetra na massa de sabão. A dureza é medida pela profundidade de penetração (mm).
O sabão ficou secando 25 dias antes do teste de dureza e ambos, o com e o sem carbonato, tiveram o mesmo valor de dureza de 6 mm.
O teste de formação de espuma foi feito com um pincel de barba friccionado de modo padronizado no sabão para desenvolver a espuma. Não foi notado nenhuma diferênça. O comportamento do sabão molhado também foi identico, formando a “baba” característica deste tipo de sabão.
Para testar a oxidação (rancidez) do sabão, estes foram deixados ao lado de uma janela de vidro exposto ao sol direto da manhã por 10 dias.
Diferênça significativa, o sabão com carbonato de calcio tem muito melhor resistência a oxidação.
Conclusão:
Pelo que foi testado só podemos dizer que o carbonato de calcio melhora a resistência à oxidação deste tipo de sabão que é muito propenso a rancificar.
Acredito que não seja esse o principal motivo de usar dolomita ou carbonato de calcio no sabão de óleo usado, mas infelizmente não consegui ter mais elementos que pudessem justificar o seu uso. Lamento também que as pessoas que usam este tipo de carga não divulgem os méritos de se fazer isso, de tal modo que justifiquem o penalti nos custos, todos sairiam ganhando.
Healing soaps – neem, andiroba and copaíba oils
The cold saponification, the cold process, is a simple and easy way to make soap, but it has its drawbacks. The incorporation of the additives, flavorings and active can only be done in the presence of caustic soda, i.e., all these components are present in the reaction environment of saponification of oils. This environment of strong alkalinity spares almost nothing, literally destroys many active principles of many components.
There is a mistaken belief that the addition of the active at trace preserves this active from lye attack because in most trace lye has been consumed. Cheating in trace only about 10% of lye was consumed to form the emulsion (trace), the rest is still there and will react the same way. The concept of superfatting (SF) is also mistaken when they think that particular oil usually a noble oil will stay intact inside the soap. What happens if there is an excess of oil (or lye reducyion) which is the end of the saponification will be a mixture of oils that are part of the composition of oils of the formula and not the one that was added in the given trace.
Thus is pretty pointless proclaim certain sayings of effectiveness, for example, therapeutic soaps made with medicinal oils like Neem oil made by cold process. Components of Neem after saponification not already exists, will exist sodium salts of palmitic, stearic, oleic and linoleic fatty acid, almost invariable composition of vegetable oils. One might argue, for example in this case Neem that certain components do not react with soda and remain intact but it lacks scientific evidence, whether because the unsaponifiable Neem is zero.
The best way in such cases is to change the process of cold process for hot process. In the hot process of adding assets is made at the end of the hot saponification which fully preserves the components.
That’s what was done with these three healing soaps with medicated oils – Neem (Azadirachta indica), Andiroba (carapa guianensis, Meliaceae) and Copaíba (Copaifera spp., Leguminosas)
The basic formula is: olive / palm kernel / palm / castor – 45/25/25/5 a zero SF, lye concentration of 30% and 7% o/o of medicinal oils. Aroma, Neem – leaf cedar and citronella, Andiroba – citronella, patchouli and petigrain and Copaiba – estageriana Eucalyptus globulus and Eucalyptus
The therapeutic properties of these oils are: Neeem oil – antifungus, antibacterial, antiviral and dermatological insecticide
Andiroba oil – anti-inflammatory, healing and antibugs, strengthener of the hair Copaiba Resin Oil – anti-inflammatory, healing, antibacterial
The process used was the Hot Process with Continuous Stirring – HPCS.
Sabão de óleos medicinais – neem, andiroba e copaíba
A saponificação a frio, o cold process, é um modo simples e fácil de fazer sabão, mas tem seus inconvenientes. A incorporação de qualquer aditivo, aromas e ativos só podem ser feitos na presença da soda cáustica, isto é, todos esses componentes estão presentes no ambiente da reação de saponificação dos óleos. Este ambiente de forte alcalinidade não poupa quase nada, literalmente destroi muitos princípios ativos de muitos componentes.
Existe uma crença equivocada de que a adição de ativos no trace preserva esse ativo do ataque da soda porque no trace a maioria da soda já foi consumida. Engano, no trace somente aproximadamente 10% de soda foi consumida para formar a emulsão (trace), o restante continua lá e vai reagir da mesma forma. Deste modo o conceito de superfatting (SF) é também equivocada quando se pensa que aquele determinado óleo, normalmente um óleo nobre, vai ficar íntegro dentro do sabão. O que acontece, se existe um excesso de óleo (ou redução de soda) é que ao final da saponificação vai ficar uma mistura de óleos que fazem parte da composição de óleos da fórmula e não aquele determinado óleo que foi adicionado no trace.
Deste modo não tem muito sentido apregoar certo ditos de eficácia, por exemplo, de sabões terapêuticos feitos com óleos medicinais como o óleo de Neem feitos por cold process. Os componentes do Neem depois da saponificação já nao existe mais, vai existir os sais de sódio do ácido graxos palmítico, esteárico, oleico e linoleico, componentes do óleo de Neem, uma composição quase invariável da maioria dos óleos vegetais. Alguém pode argumentar, por exemplo neste caso do Neem, que certos componentes não reagem com a soda e permanecem intactos, mas isso carece de comprovação científica, mesmo porque o teor de insaponificáveis do Neem é zero.
O melhor modo nestes casos, é mudar o process de cold process para hot process. No hot process a adição dos ativos é feita ao final da saponificação a quente o que preserva integralmente os componentes.
Foi o que foi feito com estes três sabões de óleos medicinais – Neem (Azadirachta indica), Andiroba (Carapa guianensis, Meliaceae) e Copaíba (Copaifera spp., Leguminosas)
A fórmula básica é: Oliva/Palmiste/Palma/Mamona – 45/25/25/5, um SF de zero, concentração de soda de 30% e 7% sobre óleos dos óleos medicinais.
Aroma, neem – folha cedro e citronela, andiroba – citronela, patchouli e petigrain, e copaiba – eucalipto estageriana e eucalipto globulus
As propriedades terapêuticas destes óleos são:
Óleo de Neem – fungicida, antibacterianas, antiviróticas e inseticida dermatológico Óleo de Andiroba – antiinflamatório, cicatrizantes e insetifugas, fortalecedor dos cabelos.
Óleo Resina de Copaíba – antiinflamatório, cicatrizante, antibacterianas.
O processo usado foi o Hot Process com Agitação Contínua – HPAC.
Cutting benzoim soap made by Hot Process Continuous Stirring
Here the video that shows how the benzoim soap was cut. Soap made by Hot Process Continuous Stirring – HPCS:
Corte do sabão de benzoim feito por HPAC
Hot Process Continuous Stirring – HPCS
In the small town of Fontevraud L’Abbaye in the Loire Valley in France, since 1974 there is a renowned handmade soapmaker, Savonnerie Martin de Candre. Since its founding 40 years, Martin de Candre soap manufacture (MdC) is dedicated to producing excellent quality handmade soap products, as they say, using the classic process of Marseilles soap.
The soap (cream) shaving of Martin de Candre is considered the best in the world, they have a line of Marseille soap (for cleaning) with olive, coconut and palm, a line call huile de palme that is made with olive , coconut and palm oil and a third, huile d’olive, only with olive and coconut.
All these products have a premium price ranging 9 to 16 euros for soaps bars and shaving soap can cost 23 euros one container of 50 grams.
They claim that make the process of Marseilles soap which is a full boiling process where the soap is rinsed with salted water and glycerin is removed. In reality MdC makes a fairly conventional handmade hot process, which uses a mechanical stirrer to stir the mass during saponification and the lot size is less than 25 kg. This can be seen in the few photos on their website and also a video report produced by a French TV.
But what caught my attention was the procedure them to dry for eight months the soap bars and for 5 months the shaving soap! Intriguing because the hot process soap has saponified out and therefore safe and drying 15 days is enough to have the necessary hardness for lasting use. A soap made by Cold Process is ready for use in about 20 days. Here comes the question, why make a process more complex, lengthy and expensive process that is hot, if I can make cold process much simpler, faster and cheaper? After leaving it for 8 months a soap made by hot or cold, theoretically they would have the same performance. It is clear that the hot process has the advantage of being able to incorporate sensitive components after alkaline saponification, which preserves these components, in which process cold is not possible.
I decided to design a test to compare the properties of a soap made by cold process and the same made by hot process and also compare the influence it has drying time in soap performance in both cases.
Hot Process with Continuous Stirring – HPCS
A handmade hot processs is normally done using as source of heating a double boiler or an electric slow cooker (crock pot), and the mass is homogenized manually from time to time to enable a comprehensive saponification.
To keep the process more akin to the Martin de Candre hot process, I designed a system called Hot Process Continuous Stirring – HPCS. Obviously not is an innovation, but in the artisanal scale not seen anyone use a similar system.
Thus, a comparative test between soaps produced by two distinct processes, eventually drifting to the development of a third way to do a hot process that is the HPCS.
This is the setup of the equipment to do the HPCS – an electric heater (this is a laboratory magnetic stirrer), a mechanical stirrer (used with digital speed control) and a digital thermometer.
Here’s a video I made showing the HPCS to make benzoim soap (12 minutes):
http://www.youtube.com/watch?v=aYyWmYJ51EY
Soaps Testing
The Martin Candre in your palm line has a honey soap and a benzoim (tonkinense Styrax) soap, and were made simlilar these for testing. The oil soap composition was: olive / palm kernel / palm – 60/25/15, SF 5% and lye concentration of 30%. The comparative test will be done with the honey and the benzoim was done to confirm and optimize the process HPCS. You can not make a regular cold process with benzoim because of the need to dilute the benzoim oil resin with ethanol, which would give the defect of seizing on mass.
On the left the soap made with honey HPCS, the other by conventional cold process. The color is dark in the cold process due to carbonization of the sugar honey by lye.
The two blocks of honey soaps , 3.5kg.
Cut surface finish of the honey soap by hot process with continuous stirring using Flex Cutter.
The two bars finished in the dimensions of 305 x 80 x 60 mm.
Cutting individual bars using Flex Cutter.
Cut with precision Cutter Flex.
All individual bars 80x60x30 mm, 135 grams.
Cut the block of honey soap made with cold process.
All bars of honey soap CP, 90x60x25 mm, 130 grams.
The two soaps will be used in the comparison between CP and HP.
Benzoim soap made by Hot Process Continuous Stirring – HPCS
This soap was made to confirm and improve the HPAC process.
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Savonnerie Martin de Candre: http://savonnerie-martin-de-candre.com/fr/
Hot Process com Agitação Contínua – HPAC
Na pequena localidade de Fontevraud L’Abbaye, no vale do Loire na França, existe desde 1974 a renomada saboaria artesanal, Savonnerie Martin de Candre. Desde a sua fundação a 40 anos, a saboaria Martin de Candre (MdC) se dedica a produzir produtos da saboaria artesanal de excelente qualidade usando, como eles afirmam, o clássico processo do sabão de Marselha.
O sabão (creme) de barbear da Matin de Candre é considerado o melhor do mundo, eles tem uma linha de sabão de marselha (para limpeza) com oliva, coco e palma, uma linha que chamam de huile de palme que é feita com oliva, coco e palma e uma terceira huile d’olive, só com oliva e coco.
Todos estes produtos tem um preço premium que varia de 9 a 16 euros para as barras de sabão e o de barbear chega a custar 23 euros um potinho de 50 gramas.
Eles alegam que fazem o processo do sabão de Marselha que é um processo full boiling onde o sabão é lavado com solução salina e a glicerina é retirada. Na realidade a MdC faz um hot process artesanal bem convencional, que usa um agitador mecanico para mexer a massa durante a saponificação e o tamanho do lote é inferior a 25kg. Isso pode ser visto nas poucas fotos no site deles e também de um video reportagem produzido por uma tv francesa.
Mas o que me chamou a atenção foi o procedimento deles de secar durante 8 meses os sabões e por 5 meses o de barba! Intrigante pois no hot process o sabão já sai saponificado e portanto seguro e que uma secagem de 15 dias é suficiente para ter a dureza necessária para um uso duradouro. Um sabão feito por cold process fica pronto para o uso em cerca de 20 dias. Aí vem a pergunta, por que fazer um processo mais complexo, demorado e caro que é o hot process, se posso fazer o cold process, muito mais simples, rápido e mais barato? Afinal se deixar por 8 meses um sabão feito por hot ou cold, teoricamente eles teriam a mesma performance. É claro que o hot process tem a vantagem de poder incorporar componentes sensíveis ao meio alcalino apos a saponificação, o que preserva estes componentes, coisa que no cold process nao seria possível.
Resolvi elaborar um teste para comparar as propriedades de um sabão feito por cold process e o mesmo feito por hot process e também comparar a influência que tem o tempo de secagem na performance do sabão, nos dois processos.
Hot Process com Agitação Contínua – HPAC
Um hot processs artesanal normalmente é feito usando-se como fonte de aquecimento um banho-maria ou uma panela elétrica de aquecimento lento (crock pot), e a massa é homogenizada manualmente de tempos em tempos para possibilitar uma saponificação abrangente.
Para manter o processo mais parecido com o hot process da Martin de Candre, acabei por montar um sistema que chamei de Hot Process de Agitação Contínua – HPAC. Obviamente nao é uma inovação, mas em escala artesanal nao vi ninguém usar um sistema parecido.
Deste modo, de um teste comparativo entre sabões produzidos por dois processos distintos, acabou derivando para a elaboração de um terceiro modo de se fazer um hot process que é o HPAC.
Este é o setup do equipamento para fazer o HPAC – um aquecedor elétrico (este é um agitador magnético de laboratório), um agitador mecânico (usado um com controle digital da rotação) e um termômetro digital.
Aqui está um vídeo que fiz que mostra o HPAC para fazer o sabão de benzoim (12 minutos):
http://www.youtube.com/watch?v=wQc9vjrkDdk
Teste dos Sabões
A Martin de Candre na sua linha palma tem um sabão de mel e um de benzoim (Styrax tonkinense), e foram feitos um simlilar a esses para o teste.
A composição de óleos do sabão foi: oliva/palmiste/palma – 60/25/15, SF de 5% e concentração de soda de 30%. O teste comparativo será feito com o de mel e o de benzoim foi feito para confirmar e otimizar o processo HPAC. Não é possível fazer um cold process normal com o de benzoim devido a necessidade de diluir o óleo resina de benzoim com etanol, o que daria o defeito de seizing na massa.
Na esquerda o sabão de mel feito com HPAC, o outro por cold process convencional.
A cor do col process é escura devido a carbonização de parte do açucar do mel pela soda.
Os dois blocos de sabão de mel desenformados, de 3,5kg.
Corte de acabamento da superfície do sabao de mel por hot process com agitação contínua utilizando o Cortador Flex.
As duas barras acabadas nas dimensões de 305 x 80 x 60 mm.
Corte das barras individuais utilizando o Cortador Flex.
Corte com precisão do Cortador Flex.
Todas as barras individuais de 80x60x30 mm, 135 gramas.
Corte do bloco de sabão de mel feito com cold process.
Todas as barras do sabão de mel CP, 90x60x25 mm, 130 gramas.
Os dois sabões que serão utilizados na comparação entre CP e HP.
Sabão de Benzoim feito por Hot Process com Agitação Contínua – HPAC
Este sabão foi feito para confirmar e melhorar o processo HPAC.
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Savonnerie Martin de Candre: http://savonnerie-martin-de-candre.com/fr/
One year blog anniversary
Is completing one year from the publication of my blog.
I speak with great pride that is a successful blog, the numbers show it!
An extraordinary frequency of 116 thousand visitors, 520 000 views, access from 130 countries, 1,000 cities around the world.The significant number of 35 thousand downloads of files available.
I believe I am reaching the proposed share what I know and aim delighted to be aligned with my motto – “Happy is who transfers what know and learn what teach” (Cora Coralina).
I hope this has been helpful, which enabled an alternative a new activity that has added value for everyone who accessed and could somehow grasp something.
I greatly appreciate all visitors and invite them to return.
Thank you!
Um ano de aniversário do blog
Está completando um ano da publicação do meu blog.
Posso falar com muito orgulho que é um blog de sucesso, os números apontam isso! Uma frequência extraordinárias de 116 mil visitantes, 520 mil views, o acesso provenientes de 130 paises, de 1000 cidades espalhadas pelo mundo. O número expressivo de 35 mil downloads dos arquivos disponibilizados.
Creio estar atingindo o objetivo proposto de compartilhar o que eu sei e muito satisfeito por estar alinhado com o meu lema – “Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” (Cora Coralina).
Espero que tenha sido útil, que tenha possibilitado uma altenativa de uma atividade nova, que tenha agregado valor para todos que acessaram e puderam de algum modo apreender algo.
Agradeço imensamente a todos os visitantes e convido-os a retornarem.
Muito obrigado!
Todos os comentários foram respondidos.
Os downloads mais populares dos arquivos disponibilizados
Sabão de óleo usado – perigo das fórmulas que estão por aí!
É um problema recorrente estas fórmulas de sabão de óleo usado que se encontram na internet. A atitude de reaproveitar o óleo usado de frituras para fazer sabão é louvável, a natureza agradece, e muitas vezes é uma renda suplementar de muitas famílias e de ONG.
A maioria das fórmulas que estão disponibilizadas tem um excesso muito grande de soda, tornando o produto perigoso. Vamos pegar como exemplo este video que foi colocado num post do grupo Saboaria:
Esta fórmula do vídeo tem um excesso brutal de 46,8% de soda, tornando este sabão inseguro para o uso, vai atacar a pele das mãos e se for usado para lavar roupas, vai acabar com o tecido, diminuindo sua vida útil.
É incrível como as pessoas e instituições desconhecem um simples cálculo de saponificação, o cálculo para determinar a quantidade de soda necessária para fazer o sabão. Tenho atendido muitas solicitações de pessoas e notadamente de ONG que tem sua fábrica de sabão que os clientes reclamam da agressividade do sabão e inclusive os próprios operadores destas pequenas fábricas também reclamam do manuseio do sabão durante o processo. que queimam a pele e destroem as roupas.
A Anvisa (orgão regulamentador no Brasil) estabelece para um sabão o máximo de pH de 10 e o controle da alcalinidade é feita pela determinação do teor de óxido de sódio que deve se no máximo de 1%.
Um professor que estava montando um projeto para uma ONG no estado do Espírito Santo me procurou dizendo que nao conseguia atender as especificações da Anvisa, seu pH era de 12,4 e o teor de óxido de sódio estava em 2,4%, muito superior ao máximo permitido de 1%. Analisando a fórmula, estava com um excesso de 28% de soda!
Imagina essa fórmula do vídeo, deve estar com pH de 13 e teor de óxido de sódio de pelo menos 4%.
O cálculo para saber a quantidade de soda (pureza mínima de 97%) é simples e elementar. Não importa qual óleo usado que você vai usar, o normal é vc coletar óleo de fritura de uso doméstico e esse invariavelmente vai ser, soja, canola, oliva ou girassol. Pois bem, o índice de saponificação (determina a quantidade de soda necessária para reagir com o óleo) destes óleos são muito semelhantes: 0,136, 0,133, 0,135 e 0,135g de soda para cada grama de óleo, respectivamente.
Podemos utilizar o valor de 0,136g para todos estes óleos e as suas misturas, independente da composição da mistura.
O cálculo é assim: quantidade de óleo em gramas x 0,136 = quantidade de soda necessária.
No caso da fórmula do video ficaria: 5000g x 0,136 = 680g de soda. Para essa quantidade de óleo de 5Kg está sendo usado 1kg de soda e daí o excesso perigoso de 46,8%. Para esses 1 kg de soda seriam necessários: 1000g/0,136g = 7353g de óleo.
A quantidade de água para diluir a soda, para fazer a solução de soda, pode variar de 30 a 50%, sendo que nas concentrações mais elevadas, por ter menos água, o sabão endurece e seca mais rápido e a reação de saponificação é tb mais rápida.
Na fórmula do video a concentração está a 50% (1kg de água para 1kg de soda).
Voces podem observar que a senhora diz, ingenuamente, que o sabão dela à medida que vai secando vai se tornando mais branco! O excesso de soda é tão grande que à medida que envelhece, vai se formando a “soda ash”, a cinza branca da soda que nada mais é do que a reação da soda superficial com o gás carbonico da atmosfera, formando o carbonato de sódio, branco.
O álcool é solvente do sabão e portanto neste caso vai acelerar a formação do traço, mas isso é agregar custos desnecessário, pois uma agitação vigorosa e prolongada tem o mesmo efeito.
Se preferirem pode ser usado uma calculadora de sabão para fazer os cálculos, como nesse caso com o Soapcalc:
Whipped soap
In 2007 a soapmaker named Nizzy (Terry Nisbet) of Australia, popularized a different way of making soap, which is to hit solid oils in a kitchen blender, the same these for cakes or beat the whipped cream. The idea is incorporate air in the mass of saturated oil (solid), adding the unsaturated oils (liquid), add the lye and then the fragrances and additives. The process is a regular cold process done at room temperature and the difference is in phase to incorporate the air with an electric mixer.
The fundamental of the formulation is to have a proportion of at least 80% solids oils (saturated) which can be: palm, babassu, palm kernel oil, cocoa butter, shea butter, cupuacu, ucuúba, etc. and 20% of an unsaturated oil (liquid) to give the conditioning properties to the soap.
The whole process is done at room temperature or cooler, I usually make about 10 to 15 ° C . I melt solid oils to mix well and then put in the fridge to solidify. The important thing is to keep the oils solid, otherwise it is not possible to turn a beat aerated cream. This aeration causes this type of soap when placed in water, it not sinks, it floats. It also has a greater volume per weight due to occlusion of air. As the cold is done at a low temperature saponification is slow and hardly occurs and the gel phase. The air occluded also retards saponification and it allows more time to make soap. I often say that the hit soap is great because it does not need to rush, no haste, has no trace of the point, is the soap without stress!
Here the formula and the instructions of the process.
Clockwise, the pigments used as colorants, dispersed in 10g of vegetable glycerin, the mixture of essential oils, a 28% lye solution which was cooled to 10 ° C, the mixture of olive and castor oil and the plastic bag with the oils solids were melted and then kept for two hours in the fridge to solidify partially.
The mixture of solid oils partially solidified.
Beginning to incorporate air using a very simple mixer (made in China) but cheap, versatile and robust, allows you to use one or two rods and can also be detached from the bracket and secure by hand, the planetary effect is obtained by rotating the bowl with the hands.
After about 10 minutes beating on high speed aspect is that, like a cream.
It is time to add the mixture of unsaturated oils slowly to avoid the decrease of the minimum aeration.
The lye is added very slowly and with care to avoid splashing out of the container. If note the increased volume due to air occluded.
After the addition of lye the mass is hit by another 10 minutes on average, it provides a good mix of lye with the oils and trace is not realize because of aeration.
Adds up the essential oil slowly to not damper the aeration
I divide the soap mass into three parts coloring with white pigment, red and blue.
Was used the technique of spoon swirl. As the reaction is very slow, there is the concern of making fast because, unlike the usual cold where time is a key factor in the viscosity of the hit soap mass remains for a long time without changing.
Swirl finished and ready to stay 24 hours to be demolded.
The block taken from the mold after 24 hours. The heat of saponification evolution occurred only after 12 hours from the beginning of cold process a saponification rather slow.
The block positioned in multiple new cutter (this is still a prototype, will soon be selling this cutter and another type).
Sabão batido – whipped soap
Em 2007 um saboeiro de nome Nizzy (Terry Nisbet) da Austrália, popularizou um modo diferente de fazer sabão, que consiste em bater os óleos sólidos em uma batedeira de cozinha, dessas de fazer bolos ou bater o creme chantilly. A idéia é incorporar ar na massa de óleos saturados (sólidos), acrescentar os óleos insaturados (líquidos), adicionar a soda e depois as fragâncias e os aditivos. O processo é um cold process normal feito na temperatura ambiente e com a diferênça na fase de incorporar o ar com a batedeira.
O fundamental da formulação é ter uma proporção de pelo menos 80% de óleos sólidos (saturados) que podem ser: palma, babaçú, palmiste, manteiga de cacau, manteiga de karité, cupuaçu, ucuúba, etc, e 20% de qualquer óleo insaturado (líquido) para dar as propriedades condicionadoras ao sabão.
Todo o processo é feito na temperatura ambiente ou mais frio, costumo fazer a uns 10 a 15ºC pois eu derreto os óleos sólidos para misturar bem e depois coloco na geladeira para solidificar. O importante é manter os óleos sólidos, caso contrário não é possível bater para virar um creme aerado. Essa aeração faz com que esse tipo de sabão quando colocado na água, não afunda, ele flutua. Também tem maior volume por peso devido a oclusão de ar. Como o cold é feito à baixa temperatura, a saponificação é lenta e dificilmente ocorre a fase gel. O ar ocluido também retarda a saponificação e permite com isso um tempo maior para fazer o sabão. Costumo dizer que o sabão batido é ótimo porque não precisa de correria, não tem afobação, nao tem o ponto de trace, é o sabão sem stress!
Aqui a fórmula com as instruções do processo.
No sentido horário, os pigmentos usados como colorantes, dispersos em 10g de glicerina vegetal, a mistura de óleos essenciais, a solução a 28% de soda que foi resfriado a 10ºC, a mistura de oliva e mamona e o saco plástico com os óleos sólidos que foram derretidos e depois mantido por 2 horas na geladeira para solidificar parcialmente.
A mistura de óleos sólidos parcialmente solidificados.
Inicio de incorporar o ar usando uma batedeira muito simples (made in China) mas barata, versátil e robusta, permite usar uma ou duas hastes e também pode ser destacado do suporte e seguro pela mão, o efeito planetário é obtido girando o bowl com as mãos.
Depois de aproximadamente 10 minutos batendo em velocidade alta o aspecto é esse, parecido com um creme areado.
É o momento de adicionar a mistura de óleos insaturados, lentamente para evitar ao mínimo a diminuição da aeração.
A soda é adicionada bem lentamente e com cuidados para evitar respingos para fora do recipiente. Se nota o aumento de volume devido ao ar ocluido.
Depois da adição da soda a massa é batida por mais 10 minutos em media, isso garante uma boa mistura da soda com os óleos e nem se percebe o traço por causa da aeração.
Adiciona-se os óleo essenciais lentamente para nao derrubar a aeração
No caso eu dividi a massa em três partes para colorir com os pigmento branco, vermelho e azul.
Foi usado a técnica do swirl de colher. Como a reação é muito lenta, não há a preocupação de fazer rápido porque, diferente do cold normal onde o tempo é fator fundamental, no sabão batido a viscosidade da massa se manter por um bom tempo sem se modificar.
Swirl finalizado e pronto para ficar 24 horas para ser desmoldado.
O bloco tirado do molde depois de 24 horas. A evolução de calor da saponificação somente ocorreu depois de 12 horas do inicio do cold process, uma saponificação bastante lenta.
O bloco posicionado no novo cortador múltiplo (este é ainda um protótipo, em breve estarei vendendo este cortador e um outro tipo).
100% Coconut soap body & bath – ready
After 3 weeks drying was completed the 100% coconut soap for use in the body. The question we had was whether this soap superfatting 20% to make him suitable for use in the body, neutralizing a possible effect of dry skin, was a really good soap for bath and body. I’ve used three days followed this soap in the shower and I can say that it is amazing, one the best soap I’ve ever made / used! It does not dry the skin, it leaves a feeling of treated skin with a cream or oil, velvety very nice. That’s because 20% of excess coconut oil is really a true superfatting. All other properties are excellent, has great hardness, and the bubble is fantastic! The essential oil massoia is very good, has a fabulous power of scent, smell fresh coconut! Each skin is a skin and not generalize, for me was very good, really enjoyed, you might not go so well in others, but in any case recommend making this soap.
Sabão do coco 100% para corpo & banho – pronto
Depois de 3 semanas secando ficou pronto o sabonete de coco 100% para uso no corpo. A dúvida que tínhamos era se este sabão com superfatting de 20% para deixa-lo apropriado para uso no corpo, neutralizando um possível efeito de ressecamento da pele, fosse realmente um bom sabão para corpo e banho.
Já usei três dias seguido este sabao no banho e posso dizer que é sensacional, dos melhores sabões que já fiz/usei! Não resseca a pele, deixa uma sensação de pele tratada com um creme ou óleo, um aveludado muito agradável. Isso porque os 20% de excesso de óleo de coco é realmente um superfatting verdadeiro.
Todas as demais propriedades são excelentes, tem ótima dureza, e a espuma é fantástica! O óleo essencial de Massoia é muito bom, tem um poder de aromatizar fabuloso, aquele cheiro de coco fresco!
Cada pele é uma pele e não se deve generalizar, para mim foi muito bem, gostei muito, pode ser que nao vá tão bem em outras pessoas, mas de qualquer modo recomendo fazer este sabão.
Sabão de coco natural – pronto! / Natural coconut soap – ready!
Depois de três semanas está pronto o sabão de coco para uso na limpeza geral da casa, na cozinha e principalmente para lavar roupas.
After three weeks the coconut soap is ready for use in general cleaning of the house, especially the kitchen and for washing clothes.
Esta é a etiqueta dos sabões, são 4 sabões identificados pela cor do + (mais) e foram impressos em papel reciclado.
This is the label of soaps, are 4 soaps identified by the color of the + (plus) and were printed on recycled paper (sorry, in portuguese only).
Sabão de óleo usado – pronto! / Used cooking oil soaps – ready!
Aqui estão os sabões de óleo usado depois de quatro semanas secando, etiquetados e prontso para serem distribuidos e usados.
Here are the used oil soaps after four weeks of drying, labeled and ready to be distributed and used.
Esta é a etiqueta dos sabões, são 6 sabões identificados pela cor do + (mais) e foram impressos em papel reciclado.
This is the label of soaps, are 6 soaps identified by the color of the + (plus) and were printed on recycled paper (sorry, in portuguese only).