Óleos essenciais fotosensíveis

Alguns óleos essenciais, notadamente os cítricos, são fotosensíveis ou fototóxicos. Estes óleos essenciais em contato com o UV da luz do sol podem provocar danos à pele na forma de queimaduras cujas sequelas podem vir a ser difíceis de eliminar. O componente responsável pela ação fotoquímica são os compostos derivados do furano. 

Existe uma classificação do potencial de fotosensibilidade que é medida pelo tempo após a aplicação que pode ser exposto ao sol sem ter fotoreatividade. Por exemplo, o Lima tem que aguardar 72 horas, enquanto o Tangerina, 24 horas. De qualquer modo não acho seguro este tipo de informação, o melhor é evitar o uso. Também tem outra nuância, alguns cítricos quando destilados da casca não são fotosensíveis, e quando extraidos por cold press, são. O melhor é ser conservador e procurar não usar esses óleos essenciais em produtos em contato com a pele e que fiquem diretamente expostos ao sol.

Na foto está uma severa queimadura provocada pelo suco do limão. Decerto estava preparando uma limonada ou … uma caipirinha! Não lavou as mãos e expôs ao sol!

Homemade laundry soap powder

Discussion group Saboaria – Portugal

I did this formula for homemade laundry soap to post at Facebook group to discuss the soapmaking in Portugal.
This group is fabulous in its spirit of sharing knowledge in a transparent and unpretentious, all learn and exchange knowledge.
Those interested in accessing the group, is closed and need to request membership, the address is: http://www.facebook.com/groups/saboaria/

In Portugal ecological awareness and sustainability is rapidly developing. People worry about the economy and preservation of natural resources, recycling and using environmentally friendly products.They are always looking for products that can replace industrialized products derived from petrochemicals.

In the soapmaking group someone requested a recipe for laundry soap. I suggested a vegetable coconut soap that usually I do: coconut / palm – 75/25, but as the coconut oil is expensive in Portugal, made a modification to match costs and availability, without sacrificing too much in the performance of soap. The common extra virgin olive oil in Portugal is cheap, around $ 7.40 a gallon. The formula of the original coconut soap and modification are on the download page.
From this soap bar was derived the soap powder because many have the custom to grate the soap and dissolve in water and use the washing machine. The liquid soap thus prepared is very thin and needs to be shaken before use.

Because I not have the coconut soap bars, I make a successfully process using a lavender soap bar whose composition is the closest to the my formula of coconut soap bars. The composition of my basic soap is: olive / coconut / palm / castor: 30/30/35/5. If everything went right with this formula, sure will look better with the original or modified formula of coconut soap bars.

Formula

The coconut soap bars, as said above, can be the original whose composition is: coconut oil / palm oil – 75/25 or the modified (Portugal) version whose composition is: coconut oil / palm oil / olive oil – 60/10/30. Remember that the dynamic  of cleaning is soap solubility and power to make foams. Thus, the greater the amount of sodium palmitate, one of the more soluble soap salts and also the soap that makes more foam, the higher the cleaning power.
Soda washing softens the water and removes dirt and borax is a bleach and strip odors.

It takes a kitchen grater to grate the soap bar, scales, and a food processor.

Here the grated soap in the kitchen grater. Grating previously facilitates grinding in a food processor.

Sodium carbonate and borax is weight in kitchen scale.

In food processor, will gradually adding the grated soap together with small amounts of sodium carbonate and borax, and powering the processor to obtain a fine grinding. As it is a mixture of solid gradually make processor to preserve of the over-heating.

The colored facilitate observing the homogeneity of the mixture.  When the mixture is very fine and very homogeneous soap powder is ready.

The soap powder and dissolving in water. Obviously the dissolution of this soap can not be compared with synthetic industrial and petrochemical soap powder. This homemade soap takes longer to dissolve but the mechanical work of agitation in the washer is enough for a good dissolution and washing.

Measure the pH of homemade soap powder. Borax acts buffering the solution and maintaining the pH below 10.

clik here to download soap powder formulas

 

Sabão em pó caseiro

Grupo discussão Saboaria – Portugal 

Fiz esta fórmula de sabão em pó caseiro para postar num grupo do Facebook que discuti a saboaria artesanal em Portugal.
Este grupo é fabuloso no seu espírito de partilhar conhecimentos de modo transparente e despreendido, todos aprendem e trocam os conhecimentos.
Quem tiver interesse de acessar, o grupo é fechado e precisa solicitar adesão, o endereço é: http://www.facebook.com/groups/saboaria/

Em Portugal a consciência ecológica e de sustentabilidade está em franco desenvolvimento. As pessoas se preocupam com a economia e preservação dos recursos naturais, a reciclagem e com o uso de produtos ecologicamente corretos. Estão sempre procurando produtos que possam substituir os produtos industrializados e derivados dos petroquímicos.

No grupo Saboaria alguém solicitou uma receita de sabão para lavagem de roupas. Sugeri um sabão vegetal de côco que costumo fazer: côco/palma – 75/25, mas como o óleo de côco é caro em Portugal, fiz uma modificação para compatibilizar custos e disponibilidade, sem sacrificar em demasia a performace do sabão. O óleo de oliva extra virgem comum é barato em Portugal, em torno de R$ 8 o litro. A fórmula do sabão de côco original e a modificação estão na página de download.
Deste sabão em barra foi derivado o sabão em pó pois muitos tem o costume de ralar o sabão, dissolver em água e usar na lavadora. O sabão líquido assim preparado fica muito ralo e precisa ser agitado antes de usar.

Por não ter o sabão de côco em barras, fiz o teste, com sucesso, do processo usando um sabonete de lavanda cuja composição é a que mais se aproxima da fórmula do sabão de côco em barras. Essa composição é básica dos meus sabonetes: oliva/côco/palma/rícino: 30/30/35/5. Se deu tudo certo com esta fórmula, com certeza ficará melhor com a fórmula do sabão de côco em barras original ou a modificada.

Fórmula

formula sabao po br 520px

O sabão de côco em barras, como disse acima, pode ser o original cuja composição é: óleo de côco/óleo de palma – 75/25 ou a versão portuguesa cuja composição é: óleo de côco/óleo de palma/óleo de oliva – 60/10/30. Lembrar que a dinâmica de limpeza está na solubilidade do sabão e no poder de fazer espumas. Assim sendo, quanto maior a quantidade de palmitato de sódio, um dos mais solúveis sais de sabão e também dos que mais faz espuma, maior é o poder de limpeza.
O carbonato de sódio amolece a água e remove sujeiras e o bórax é um branqueador e tira odores.

Como fazer

É preciso um ralador de cozinha, para ralar a barra de sabão, balança, e um processador de alimentos.

Aqui o sabão ralado no ralador de cozinha. Ralar previamente facilita a moagem no processador de alimentos.

Carbonato de sódio e bórax pesados na balança de cozinha.

No processador de alimentos, aos poucos vai se adicionando o sabão ralado junto com pequenas quantidades de carbonato de sódio e bórax e acionando o processador até obter uma moagem fina. Como é uma mistura de sólido faça aos poucos para preservar o procesador de sobre-aquecimento.

O sabão colorido facilitar observar a homogenidade da mistura.
Quando a mistura estiver bem fina e  bem homogênea o sabão em pó está pronto.

O sabão em pó e a dissolução em água. Obviamente a dissolução deste sabão não pode ser comparado com o sabão em pó sintético, industrializado e com derivados petroquímicos. Este sabão caseiro demora mais para dissolver mas o trabalho mecânico de agitação na lavadora é suficiente para uma boa solubilização e lavagem.

Medida do pH do sabão em pó caseiro. O bórax atua tamponando a solução e mantendo o pH abaixo de 10.

 clique aqui para o download da fórmula sabão em pó

 

 

Understanding the trace

What is the trace?

Many people have questions about what is the trace that moment when the mixing oils and lye solution with stirring, the mixture begins to acquire a consistency due to the viscosity increase and reaches a point where it is ideal need to stop stirring and pour into molds.

The name comes from the observation feature wherein the viscosity is such that when placing and removing a spatula into the mass, the drained leaves a “trace”, a mark visible on the surface of the mass of soap.

The trace can be light, medium and heavy, and the choice depends on the formulation and what you want to work with the soap. For example, if you do the swirl – technique of mixing colors forming patterns in the soap, the trace has to be lightweight to allow time to make the swirl. In the case of making soap in layers, whether of the different colors or different compositions, it is best to work with trace medium to heavy. If the formulation has components that accelerate the trace, like shea butter (high in stearic acid) or some essential oils, it is preferable to stop the unrest in the light trace.

The time required to obtain the trace is a function of the formulation components, the process temperature, the concentration of lye and the mechanical work applied to the stirring – with a kitchen mixer is a matter of minutes, if manual, with a whisk wireframe, a little longer.

If the formulation contains oils with saturated fatty acids, such as shea butter and cocoa butter, the trace is faster. Those with monounsaturated or polyunsaturated, such as olive oil and sunflower the time is greater. If temperature is bigger, faster is the reaction and tracing is faster and also to the lye concentration.

What is the physical-chemical phenomenon that happens in the trace?

All have already observed that the oil mixed with water or vice versa, the rest water and oil separate, distinct layers forming the oil from above (lower specific gravity) and water beneath.

What does it take for the oil and water to mix stable?

The simplest way is to use products called surfactants, tensoactivities or emulsifiers. Are molecules that have an amphiphilic character, i.e. a structure polar part and and one nonpolar hydrophilic and hydrophobic.
Soap is an anionic surfactant type, ionizes in aqueous releasing anions

Above stereochemistry representation of a molecule of soap, with the hydrophilic head of the sodium or potassium salt and a hydrophobic or lipophilic tail from fatty acid of the oil. The head binds to hydrophobic water and the tail part of the hydrocarbon of fatty acid from oil. This affinity creates emulsion a stable structure compatibilizing oil and water. 

Then when mixing the solution of soda oil, an initial hypothetical situation to better explain the phenomenon physical-chemical where it is assumed that form a water-oil interface, this interface will the beginning of the formation of soap by saponification reaction. If maintained this position of rest, the reaction is stopped by the barrier and lack of physical contact between the solution of lye and oil.

If we apply a mechanical stirring this early saponification, then a break in the barrier and and physical contact between the soda solution and the oil will be enhanced by increasing the surface area of contact – breaking into micro-particles. Will start the emulsion and then our known phenomenon of trace.

That would be the representation of the emulsion formed between water and oil through the action of soap surfactant begins to form.

The emulsion formed by the initial surfactant, the soap, and the mechanical action by the aid of a stirrer, exposes the intimate contact of lye with oil which is reflected in increased viscosity, and consistency of the dough by the saponification reaction. Unlike what is read too, the trace saponification no more than 10%, i.e. in the trace saponification reaction is well initial and has a lot of free lye, which will be processed in the mold and over the next three or four days.

 

Entendendo o traço

O que é o traço?

Muita gente tem dúvidas o que é o traço – trace em inglês, aquele momento em que ao misturar a solução de soda aos óleos com agitação, a mistura começa a adquirir uma consistência devido ao aumento da viscosidade e chega a um ponto ideal em que é preciso parar a agitação e verter para os moldes.
O nome traço vem da observação em que a viscosidade é tal que ao colocar e retirar uma espátula na massa, o escorrido deixa um “traço”, uma marca visível na superfície da massa de sabão.

O traço pode ser leve, médio e pesado e a escolha depende da formulação e o que se deseja trabalhar com o sabão. Por exemplo, se for fazer o swirl – técnica de misturar cores formando padrões no sabão, o traço tem que ser leve para possibilitar tempo para fazer o swirl. No caso de fazer sabão em camadas, quer seja de cores diferentes ou mesmo composições diferentes, é melhor trabalhar com traço de médio a pesado. Se a formulação tiver componentes que aceleram o traço, como a manteiga de karité (alto conteúdo de acido esteárico) ou alguns óleos essenciais, é preferivel parar a agitação no traço leve

O tempo necessário para se obter o traço é função dos componentes da formulação, da temperatura do processo, da concentração da soda e do trabalho mecânico aplicado na agitação – com um mixer de cozinha é questão de poucos minutos, se for manual, com um batedor aramado, um pouco mais demorado.

Se a formulação contiver óleos com ácidos graxos saturados, como a manteiga de karité e a manteiga de cacau, o trace é mais rápido. Os que tiverem monoinsaturados ou poliinsaturados, como o óleo de oliva e o de girassol, o tempo é maior. Temperatura maior, reação mais rápida e traço mais rápido e igualmente para a concentração da soda.

Qual é o fenômeno físico-químico que acontece no traço?

Todos já devem ter observado que ao misturar óleo com a água ou vice-versa, no repouso a água e o óleo se separam, formando camadas distintas, o óleo por cima (menor peso específico) e  água por baixo.

O que é preciso para que o óleo e a água se misturem estávelmente?

O modo mais simples é usar produtos chamados surfactantes, tensoativos ou mesmo emulsificantes. São moléculas que possuem um caracter anfifílico, isto é, uma estrutura parte polar e hidrofílica e outra apolar e hidrofóbica.
O sabão é uma surfactante do tipo aniônico, ioniza-se em solução aquosa liberando ânions.

 

Acima uma representação esteroquímica de uma molécula de sabão, com a cabeça hidrofílica do sal de sódio ou potássio e uma cauda hidrofóbica ou lipofílica do ácido graxo do óleo. A cabeça hidrofóbica se liga à água e a cauda à parte do hidrocarboneto do ácido graxo do óleo. Essa afinidade cria a emulsão compatibilizando numa estrutura estável o óleo e a água.

 Então quando se mistura a solução de soda ao óleo, numa situação inicial hipotética para explicar melhor o fenômeno físico-químico onde se supõe que se forme uma interface água-óleo, nesta interface haverá o início da formação de sabão pela reação de saponificação. Se mantida esta situação de repouso, a reação será interrompida pela barreira física e falta de contato entre a solução de soda e o óleo.

Se aplicarmos uma agitação mecânica a este início de saponificação, haverá uma quebra na barreira física e e o contato entre a solução de soda e o óleo será intensificado pelo aumento da área superficial de contato – quebra em micro-partículas. Terá inicio a emulsão e então o nosso conhecido fenômeno do traço

 

Essa seria a representação da emulsão formada entre a água e o óleo por meio da ação surfactante do sabão que começa a se formar.

A emulsão formada pelo surfactante inicial, o sabão e pela ajuda da ação mecânica do mexedor, expõe o contato íntimo da soda com o óleo que é refletida no aumento da viscosidade, da consistência da massa, pela reação de saponificação. Ao contrário do que muito se lê, a saponificação no traço não passa de 10%, isto é, no traço ainda a reação de saponificação é bem inicial, tem muita soda livre, que vai ser processada no molde e nos proximos três ou pouco mais dias do início da secagem.

 

What to use to color the cold process soap?

Three features should be considered in the choice of materials to give color to soaps made by cold process. The coloring materials must first be inert to the skin, i.e. must not cause any adverse reactions in contact with the skin. Must be resistant to alkaline saponification reaction of the cold process and should be light resistant, must not fade and lose the color when the soap is exposed to light.

To meet the first requirement, the best option is to use materials approved by the FDA (Food and Drug Administration) U.S. for use in cosmetics. Combining this with the others requirements, there are few alternatives and usually fall in the class of pigments, most inorganic and synthetic.

• Iron oxide – black, red, yellow, ocher
• Ultramarine – dark blue, light blue and violet
• Chrome oxide – light green and dark green
• Titanium dioxide – white
• Zinc oxide – white, light red (calamine)
• Ferric Ferrocyanide – Dark Blue
• Mica – pearlescent effect of various hues

These class of pigments are those approved by the FDA are resistant to cold process and will not fading with time.

These pigments are hard to be found in small quantities that are used in soapmaking. An alternative that I use is to buy these pigments in shops selling art materials  – the painters use to prepare their paints. They are sold in small packages, less than 100g, costly but yield much but you can buy sharing with other crafters. I use of trademarks Sennelier (French) and Mahler (fractionated in Brazil).

Besides these pigments can be used clays that have no tinting strenght as pigments but are easy to be found in the colors white, green, yellow and pink, these two latter mixed in its preparation, with iron oxide. For black color option you can use of bamboo charcoal that besides the strong tinting strength has its skin conditioning properties.

Another option is to do your own coloring, by maceration of certain plants with oils that are commonly used in cold process. An example is the macerating green tea or herbal mate to obtain a light green color. Some components of the formulation itself may give a slight color to your soap, as the honey will give you a cream or the use of goat milk that depending on the cold process temperature can give a cream or dark brown or ocher.

Important to emphasize that most dyes which are used in food and coloring candles are anilines (azo components) that are not resistant to alkali and also has not resistance to light and hence should not be used to impart color to the soap. In this case it is always good to test before.

A final observation concerns the question of natural versus synthetic pigments. If you are a nattural soapmaking and waives only use materials of natural origin, it is understandable that you will not use a synthetic pigment (man-made). Turns out the FDA approval only synthetic pigments because the natural may be contaminated with heavy metals (toxic) that can not be separated in their extraction and actually do some harm to health, such as lead and cadmium. The choice is yours!

On the download page I put files with a list of materials approved by the FDA for use in cosmetics and also the catalog of artistic Sennelier pigments. In both are marked pigments that can be used in cold process.

O que usar para colorir os sabonetes cold process?

Três características devem ser consideradas na escolha de materiais para dar cor aos sabonetes feitos por cold process. Os materiais colorantes devem, em primeiro lugar, serem inertes à pele, isto é, não devem provocar nenhuma reação adversa em contato com a pele. Devem ser resistentes ao meio alcalino da reação de saponificação do cold process e devem ser resistentes à luz, não devem desbotar e perder a cor quando o sabonete é exposto à luz.

Para atender o primeiro requisito, a melhor opção é usar os materiais aprovados pelo FDA (Food and Drug Adminstration) americano para uso em cosméticos. Associando este primeiro requisito com os demais, restam poucas alternativas e normalmente recaem na classe dos pigmentos, a maioria inorgânicos e sintéticos.

  • Óxido de ferro – preto, vermelho, amarelo, ocre
  • Ultramarino – azul escuro, azul claro e violeta
  • Óxido de cromo – verde claro e verde escuro
  • Dióxido de titânio – branco
  • Óxido de zinco – branco, vermelho claro (calamina)
  • Ferrocianeto férrico – azul escuro
  • Mica – efeito perlescente de várias tonalidades

Esta classe de pigmentos são os aprovados pelo FDA, são resistentes ao cold process e não perdem a cor com o tempo.

Estes pigmentos são dificeis de serem encontrados nas quantidades pequenas que são usados na saboaria artesanal. Uma alternativa que eu uso é comprar estes pigmentos em lojas que vendem materiais para uso artísticos – os pintores usam para preparar as suas tintas. São vendidos em pequenas embalagens, inferior a 100g, custam caro mas rendem muito e a compra também pode ser feita cotizando com outros artesões. Uso das marcas Sennelier (francesa) e Mahler (fracionado no Brasil).

Além desses pigmentos podem ser usados as argilas naturais que não possuem o poder de tingimento dos pigmentos mas são fáceis de serem encontrados nas cores branca, verde, amarelo e rosa, estes dois últimos, tingidos, na sua preparação, com óxido de ferro. Para a cor preta uma opção é o uso do carvão de bambú que além do forte poder de tingimento tem suas propriedades condicionadoras da pele.

Uma outra opção é você fazer o seu proprio colorante, através da maceração de certas plantas com óleos que são normalmente usados no cold process. Um exemplo é a maceração de chá verde ou ervas de chimarrão para obter uma cor verde claro. Alguns componentes da própria formulação pode dar uma cor discreta ao seu sabonete, como o mel que dará uma cor creme ou o uso do leite de cabra que dependendo da temperatura do processo cold poderá dar uma cor creme ou marrom escuro ou ocre.

Importante enfatizar que a maioria dos corantes que se usam em alimentação e para colorir velas, são anilinas (azo componentes) que não resistem ao meio alcalino e também não tem resistência a luz e portanto não devem ser usados para dar cor aos sabonetes. Neste caso é sempre bom testar antes.

Uma última observação diz respeito a questão de pigmentos naturais versus sintéticos. Se você faz saboaria natural e não abre mão de só usar materias de origem natural, é entendível que você não vai querer usar um pigmento sintético (feito pelo homem). Acontece que o FDA só aprova pigmentos sintéticos porque os naturais podem estar contaminados com metais pesados (tóxicos) que não podem ser separados na sua extração e alguns realmente fazem mal à saúde, como o chumbo e o cadmio. A escolha é sua!

Na página de download coloquei arquivos com a relação dos materiais aprovados pelo FDA para uso em cosméticos e também o catálogo da Sennelier dos pigmentos artísticos. Em ambos estão assinalados os pigmentos que podem ser usados no cold process.

Lasting of cold process soap

An important property of a soap made by cold process is its durability in use. A good handmade soap formulated with a suitable balance of oils can be used for a long time, much more than an industrialized soap. Soaps spending fast, softens in contact with water, that are slimy, has not good acceptance. The main component which provides hardness and durability is palm oil (palmitic acid) and a lesser degree, coconut oil (lauric acid), which are so-called hard oils.

This lavender soap lasted 20 days with an average of three daily baths, used by two people. Remained full until the end, placed in a soap dish with good water drainage. In its formulation has the following composition: olive / castor oil / babassu / palm – 30/5/30/35 and superfatting of 5%.

Durabilidade no uso do sabonete cold process

Uma propriedade importante de um sabonete feito por cold process é a sua durabilidade no uso. Um sabonete artesanal bem formulado, com um balanço de óleos adequado pode ser usado por um longo tempo, bem mais do que um sabonete industrializado. Sabonetes que gastam rápido, ficam moles no contato com a água, ficam gosmentos, não tem boa aceitação. O principal componente que confere dureza e durabilidade é o óleo de palma (ácido palmítico) e em menor grau, o óleo de côco (ácido láurico), que são os denominados óleos duros (hard oils).

Este sabonete de lavanda durou 20 dias com em média três banhos diários, usado por duas pessoas. Se manteve inteiro até o fim, colocado em uma saboneteira com boa drenagem de água. Tem na sua formulação a seguinte composição:
oliva/mamona/babaçú/palma – 30/5/30/35 e um sobre-engorduramento (superfatting) de 5%.

Can palm oil be sustainable?

Much has been said of the conditions and bad consequences of the palm oil industry worldwide. Also hear about the many actions undertaken to minimize these negative effects and make this industry a sustainable industry. The hard part is sifting through these abundant information in the media and have a clear vision and without partisanship. This article was originally published in 2011 in 2degreesnetwork and reprinted in 2012  in makingitmagazine: http://www.makingitmagazine.net/?p=5467#bio 

O óleo de palma pode ser sustentável?

Muito se tem falado das condições e consequências ruins da industria de óleo de palma mundo afora. Também se ouve falar das inúmeras ações desencadeiadas para minimizar estes efeitos negativos e fazer desta industria uma industria sustentável. O difícil é peneirar estas fartas informações na midia e ter uma visão clara e insenta de partidarismo. Este artigo foi publicado originalmente em 2011 na 2degreesnetwork e reimpresso em 2012 na makingitmagazine: http://www.makingitmagazine.net/?p=5467#bio .Achei interessante e traduzi, dá uma visão geral e procura ser isenta.

O óleo de palma pode ser sustentável?
Johanna Sorrell pergunta se a produção sustentável em grande escala de óleo de palma, é uma opção viável para a indústria de óleo de palma.

Cerca de 50 milhões de toneladas de óleo de palma são produzidas a cada ano, e com certeza esse número só vai subir. A demanda tem sido impulsionada pela produção, que no caso do óleo de palma, é quase seis vezes maior, por hectare,  do que o óleo de canola. Tendo em conta estes rendimentos excepcionais, os agricultores começaram a plantar palmeiras a um ritmo veloz, levantando preocupações sobre seus impactos ambientais e culturais. Como resultado, vários grupos de defesa acusaram o aumento da produção de óleo de palma por criação de práticas agrícolas prejudiciais, destruindo florestas vulneráveis e turfeiras, e ter consequências negativas para as culturas nativas. Hoje, cerca de 8% de óleo de palma é produzido por padrões “sustentáveis” que tentam mitigar os danos da produção em massa de óleo de palma por meio de métodos de produção menos invasivos. No entanto, a produção de óleo de palma sustentável pode ser mais caro e menos eficiente do que a produção tal como ela é.

A onipresença de óleo de palma
Nos últimos trinta anos, a produção do óleo de palma tem estado em um crescimento exponencial. Espera-se que o consumo anual do óleo de palma aumente de seus níveis atuais de 38 milhões de toneladas para 63 milhões de toneladas em 2015, e ascenderá à 77 milhões de toneladas até 2020. A Indonésia é o maior produtor mundial de óleo de palma, mas um número crescente de países estão se tornando concorrentes viáveis no mercado global de óleo de palma, incluindo Malásia, Colômbia, Brasil, Nigéria, Libéria, Tailândia e Uganda.

Um trabalhador aplica o herbicida Paraquat em uma plantação de óleo de palma, nos arredores de Kuala Lumpur. O Paraquat é proibido na União Europeia, no entanto, milhões de trabalhadores do campo em toda a Ásia usam o produto químico para matar ervas daninhas e como resultado, alguns enfrentam sérios riscos de saúde.

Este crescimento é impulsionado não só pelo custo-eficácia do óleo de palma, mas também pelas suas múltiplas aplicações no desenvolvimento e produção de uma variedade de gorduras e alimentos, como pães, leite condensado e em pó, batatas fritas, alimentos concentrados e suplementos para alimentação animal. O óleo de palma também atinge os não-comestíveis, como sabões, detergentes, cosméticos, velas, cola, tintas de impressão, lubrificantes para máquinas e biocombustíveis. Por ser usado em tal variedade de produtos, as indústrias que são altamente dependentes do óleo de palma,  seriam duramente pressionadas para encontrar uma alternativa adequada de alto rendimento e custo-eficaz.

 

 

Todos os fins  ou todos os problemas do óleo?
O rápido crescimento da indústria de óleo de palma tem trazido a degradação de grandes extensões de solos frágeis. A fim de produzir óleo de palma em escala, muitas plantações têm utilizado técnicas destrutivas de corte-e-queima transformando florestas em fileiras sem fim de palmeira de palma, substituindo os ecossistemas dinâmicos da floresta pela monocultura. Danos aos ecossistemas incluiem:

  • a destruição das florestas tropicais para dar lugar a nova produção de óleo de palma;
  • a descarga de efluentes das fábrica de óleo de palma que mata a fauna aquática;
  • o deslocamento de povos nativos e agricultores de subsistência;
  • a perda de habitat e a conseqüente perda de vida selvagem, com um impacto especialmente negativo sobre as populações globais de orangotangos, e
  • a queima e drenagem de grandes extensões de terras de turfa, que são importantes absorvedores de CO2.

Certas corporações, tanto produtores como compradores, têm sido alvo de organizações de defesa pelo seu envolvimento, direto ou indireto, em tais práticas. Campanhas de marketing social têm se mostrado muito eficazes em iniciar modificação de comportamentos de compras corporativas e de sourcing, um exemplo é o vídeo do Greenpeace viral Kit Kat pedindo para a Nestlé parar de comprar óleo de palma de terras das florestas destruídas. Como resultado da campanha, a Nestlé imediatamente parou de comprar óleo de palma da Sinar Mas (maior empresa de óleo de palma e polpa da Indonésia, um plantador  que o Greenpeace afirma abertamente que destrói a floresta para expandir as plantações de palmeiras). A Nestlé também conectou se à The Forest Trust (uma instituição de auxílio que trabalha para deter o corte ilegal pelo rastreamento dos produtos de consumo à sua fonte), que irá ajuda-la nas orientações para a compra de óleo de palma mais sustentável. A Nestlé esta comprando 18% do seu óleo de palma de fontes “verdes”, e deverá chegar a 50% até o final de 2011, e tem planos para comprar todo o seu óleo de palma de fontes ambientalmente amigáveis em 2015.

A sustentabilidade é uma opção?
Embora os impactos ambientais e sociais da produção de óleo de palma tem sido fortemente criticado por uma série de partes interessadas, as previsões sombrias e melancólicas podem ser ainda evitados com a implementação de práticas de sustentabilidade que estão em andamento através de esforços concentrados dos setores com e sem fins lucrativos.

Criar o acesso à informação é um componente chave de mudança para muitas organizações ao tentar influenciar uma mudança no comportamento das empresas. Por exemplo, em 2009, o WWF produziu o Oil Buyer Scorecard, essencialmente expondo muitos grandes compradores de óleo de palma que alegaram métodos eco-conscientes de compra, mas ainda não conseguiram cumprir seus próprios padrões.

Muitas grandes empresas começaram a trocar sua produção e compra de óleo de palma para atender grupos de defesa e os interesses dos consumidores. Por exemplo, como parte da Avon’s Hello Green Tomorrow Initiative, a empresa anunciou a Palm Oil Promise – um compromisso global da empresa pelo óleo de palma sustentável, que compromete comprar 100% de óleo de palma sustentável certificada. Outras orientações de sustentabilidade surgiram ao longo dos últimos anos, e as partes interessadas da indústria de grande escala estão começando a implementar normas estabelecidas por essas organizações. O grupo principal – Roundtable on Sustainable Palm Oil (RSPO) – tem trabalhado no sentido de criar, colaborativamente, um conjunto de normas globais para orientar a indústria de óleo de palma em direção à sustentabilidade. Atualmente, a RSPO tem mais de 400 membros, incluindo ONGs, investidores, produtores de óleo de palma, e grandes corporações, incluindo Unilever, a Cognis, e IOI.

Embora a RSPO seja a maior organização de responsabilidade sobre a sustentabilidade da indústria de óleo de palma, é também uma organização baseada em grande parte em normas voluntárias. Sem surpresa, numerosas organizações ativistas acusam a RSPO de “etiqueta-verde “, e identificam que vê lacunas importantes nos princípios e critérios estabelecidos nas normas criadas pela RSPO. Por exemplo;

  • Friends of the Earth acusou a RSPO de ser uma “ferramenta limitada de tecnicidade”, que não é capaz de tratar adequadamente os impactos terríveis do cultivo de óleo de palma sobre as florestas, terras e comunidades”;
  • Greenpeace é tanto defensor como crítico da RSPO, mas notou o desmatamento contínuo por empresas que são membros da RSPO e
  • A Rainforest Action Network também apoia os esforços determinados da RSPO, mas expressou insatisfação intensa com alguns dos processos da RSPO.

Criar e falar sobre padrões é uma coisa, implementá-las é outra história. Para endereçar isso, o GreenPalm, um programa negociado de certificados, desenhado para ajudar a garantir a produção sustentável de óleo de palma, já foi iniciada. GreenPalm serve como uma forma de “meio de campo”, ajudando os compradores de óleo de palma a comprar créditos de certificados para “compensar” as suas compras, principalmente devido ao fato de que comprar diretamente de uma fonte segregada de óleo de palma produzido de forma sustentável, muitas vezes é extremamente difícil. Cada crédito comprado representa um prêmio pago aos produtores sustentáveis para uma tonelada de óleo de palma, ajudando a garantir e reforçar a sustentabilidade da cadeia de suprimento. Embora esses sistemas estejam longe de serem perfeitos, eles estão evoluindo como ferramentas na responsabilidade pela produção mais sustentável do óleo de palma., e esperamos que continue a evoluir realmente e atinja padrões sustentáveis do plantio à compras.

Para onde vamos a partir daqui?
A maior demanda e o maior consumo, juntamente com a falta de terras disponíveis devido à concorrência com outras culturas, e a disputa com as partes interessadas, farão a produção de óleo de palma mais difícil no futuro. Sem um fim de curto prazo à vista para a crescente demanda por óleo de palma, pemanecerá a dúvida se a indústria de óleo de palma será capaz de manter os atuais níveis de produção, se as medidas de sustentabilidade forem aplicados em toda a cadeia, que causa preocupações da industria com os grandes investimentos necessários. A educação dos consumidores e da indústria, bem como as oportunidades para engajamento em todos os níveis, vão desempenhar um papel importante pois a produção inevitavelmente continua – de forma sustentável ou não.

Palm and palm kernel oil

 

A recurring question about the oils is palm oil. Many questions arise with large quantities of palm oil on the market. Palm oil, palm crude oil, refined palm, palm olein, palm stearin, palm organic, palm kernel oil, are the designations referring to oils obtained from the fruit of the palm Elaeis guineensis, also known as dende tree. The Elaeis guineesis is native in tropical regions, about 10 degrees above and below the equator. In Brazil, in the Amazon region, with large areas of cultivation in the state of Pará  and Amazonia and to a lesser extent in Bahia.

Elaeis guineesis

The largest producers are Indonesia, Malaysia, Nigeria and Colombia. Brazil occupies a position of 13 ° global producer.

A peculiar feature of the fruit of the oil palm is that it produces two types of oil: from pulp (mesocarp) is extracted the palm oil and kernel the palm kernel oil (PKO). The fatty acid composition of these oils are completely different. In palm oil predominate palmitic and oleic and in palm kernel oil, lauric and myristic, it which is very much similar to that of babassu and coconut.

Elaeis guineesis fruit

The pulp and consequently the crude palm oil has a yellow to orange-red attributed to the amounts of carotenoids in fruits and also at the level of oxidation that has undergone the fruit to be kept stored before being processed.

 

 

 

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Óleo de palma e palmiste

Uma dúvida recorrente sobre os óleos diz respeito ao óleo de palma. Muitos tem dúvidas o que é o que na profusão de óleo de palma que se encontram no mercado.  Palma, dendê, palma bruto, palma refinado, oleina de palma, estearina de palma, palma orgânico, palmiste, são as denominações referentes aos óleos obtidos dos frutos da palmeira Elaeis guineensis, também conhecido como dendezeiro. A Elaeis guineesis é nativa na região tropical, aproximadamente 10 graus acima e abaixo da linha do equador. No Brasil, na região amazonica, com grandes áreas de cultivo nos estados do Pará, Amazônia e em menor escala na Bahia

Elaeis guineesis

Os maiores produtores são a Indonésia, Malásia, Nigéria e Colômbia. O Brasil ocupa a posição de 13° produtor mundial.

Uma característica peculiar do fruto do dendezeiro é que ela produz dois tipos de óleo: da polpa (mesocarpo) é extraido o óleo de palma e da semente o óleo de palmiste (PKO – palm kernel oil). A composição de ácidos graxos destes óleos são completamente diferentes. No óleo de palma predominam o palmítico e o oleico e no palmiste, o laurico e o mirístico, sendo este muito semelhante ao côco e côco de babaçú.

Fruto da Elaeis guineesis, palmeira de palma

A polpa e consequentemente o óleo de palma bruto, tem uma cor amarelo a laranja-avermelhado atribuida à quantidades de carotenóides no fruto e também ao nível de oxidação que a fruta sofreu ao ser mantida estocada antes de ser processada

 

 

 

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Natural antioxidants and preservatives

The typical natural products such as handmade soaps, creams, body oils, balms, can deteriorate over time. This impairment may be caused by oxidation of oils and / or by the formation of bacteria and fungus. The products which inhibit or retard these defects are antioxidants and preservatives.

Antioxidants

Many have probably heard of or even seen a defect that occurs with the oils in general, oils for cooking. This defect is the rancidity of oil along the storage time, denoted by the characteristic smell of rancid oil spoils. This defect can occur even with soap crafted, it is rare but can occur with soap made with certain oils, such as grape seed oil and which have in their formulation a high value of superfatting above 8%. The rancidity is an oxidation process where the free radicals formed by the light and air attack the unsaturations present in polyunsaturated oils, such as grape oil.

Preservatives

In products with a reasonable amount of water, and in water based creams is very common the formation and growth of microorganisms which eventually spoil the product. In these cases it is always necessary to use some type of preservative. In anhydrous or products with very little water is usually not necessary this precaution.

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Anti-oxidantes e conservantes naturais

Os produtos típicos da saboaria artesanal natural tais como sabonetes, cremes, óleos corporais, bálsamos, podem se deteriorar com o tempo. Esta deteriorização pode ser provocada pela oxidação dos óleos e/ou pela formação de bactérias e fungos.

Os produtos que inibem ou retardam estes defeitos são os anti-oxidantes e os conservantes.

Anti-oxidantes

Muitos já devem ter ouvido falar ou mesmo presenciado um defeito que ocorem com os óleos em geral, em óleos que se usam na cozinha. Este defeito é a rancificação do óleo ao longo do tempo de estocagem, denotado pelo cheiro característico de ranço, o óleo se estraga. Este mesmo defeito pode ocorrer com o sabão feito artesanalmente, é raro mas pode ocorrer com sabão feitos com determinados óleos, por exemplo, óleo de semente de uvas e que tenham na sua formulação um alto valor de sobre-engorduramento (superfatting), acima de 8%.

A rancificação é um processo de oxidação onde os radicais livres formados pela luz e o ar atacam as insaturações presentes nos óleos poliinsaturados, como no caso do óleo de uvas.

Conservantes

Em produtos com uma razoável quantidade de água, como nos cremes a base de água, é muito comum a formação e crescimento de microorganismos que acabam por estragar o produto. Neste casos é sempre necessário o uso de algum tipo de conservante. Nos produtos anidros ou com muito pouca água normalmente não é necessário esta precaução.

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Regularizar a saboaria

Se você faz ou pretende fazer produtos da saboaria artesanal para consumo próprio, da família ou do seu círculo de relacionamento, você estará fazendo isso como um hobby. Neste caso, não será necessário nenhuma ação perante os orgãos reguladores. Caso você queira produzir para comercialização ou sair da informalidade, você vai precisar regularizar o seu empreendimento.

Infelizmente, diferente de outros países onde as exigências são mais flexíveis, no Brasil este processo é muito complexo, exigente, caro e inviável para um produtor artesanal. No Brasil não existe uma distinção entre artesanato e industria para a atividade saboeira, as regulamentações e leis se aplicam indistintamente. Se você faz o seu cold process num canto da sua casa, faz com esmero e carinho, pontificando a qualidade, que são premissas básicas da arte de um  autêntico artesanato e quer vender a sua pequena produção, você vai ter que proceder como se fosse uma gigante multinacional do setor, tem que seguir as mesmas regras.

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Renomado sabão de Aleppo vítima do conflito na Síria

O conflito na Síria tem afetado a fabricação do sabão de Aleppo. Fiz a tradução deste artigo da AFP publicado em 4 de outubro de 2012 no site: http://www.france24.com/en/20121004-renowned-aleppo-soap-victim-syria-conflict.

“O sabão de Aleppo é famoso no mundo inteiro pela sua hidratação e propriedades  relaxantes,  mas os entusiastas vão achar difícil encontrar agora que a guerra na Síria trouxe uma parada nas exportações, diz um fabricante.

E Juan Semo, um curdo de 33 anos de idade, cuja família está no negócio de fabricação do sabão desde 1850, disse que a perspectiva é ainda pior, pois os preços do óleo de louro e da soda dispararam.

Em um armazém na colina, coberta de oilveiras, de Afrin há caixas e caixas de barras de sabão embalados individualmente.

“Nós não pudemos produzir qualquer sabonete este ano”, disse Semo à AFP. “Nosso estoque tem crescido mais e mais, porque todas as lojas em Aleppo fecharam e as rotas para exportar nossos produtos, especialmente para o norte do Iraque e para a França, estão cortadas.”

Aleppo, a segunda cidade da Síria e centro comercial, tem sido abalada por intensos combates entre rebeldes e forças do regime desde meados de julho. Tornou-se o ponto focal do conflito, tornando as entregas extremamente difícil.

“Nós estamos usando as estradas secundárias para as entregas, evitando o exército e o seu bombardeios por ficar fora das rotas principais. Mas muitos de nossos clientes fugiram de Aleppo de qualquer maneira”, diz Semo.

Semo saiu de sua casa no bairro de Salaheddin  “quando as balas atingiram minha sala de estar e os tanques começaram a rolar passando pelas minhas janelas.”

Ele voltou para sua família em Afrin, um enclave curdo de 360 aldeias que até agora se manteve neutro desde a revolta contra o regime sírio que começou em março do ano passado.

Antes da guerra, o sabão que estava sendo exportado para Paris, deixava Aleppo e ia até o porto de Latakia para ser enviado para Marselha, seu destino final.

Latakia é um reduto dos alauítas, um ramo do Islão da elite xiita a que o presidente Bashar al-Assad, no poder,  pertence que é uma minoria na Síria, enquanto a rebelião é liderada pela maioria sunita do país.

Quinze  fabricantes de Afrin enfrentam o obstáculo adicional de altíssimos custos das matérias-primas, devido à disparada da inflação.

O sabão de maior qualidade contém uma elevada percentagem do caro óleo de louro e é destinada à exportação. A versão mais simples, com uma maior proporção de óleo de oliva, vai para a Aleppo próxima.

A família Semo produzir seu óleo de oliva graças ao sítio  com dezenas de milhares de oliveiras, mas o óleo de louro e a soda tem que ser importados.

“Mesmo se eu conseguisse o óleo de louro de Antakya, na Turquia, seu preço dobrou no ano passado”, diz Semo.

O mesmo é o caso da soda, que ele recebe do Kuwait, Iraque ou da China. O custo para um litro  dobrou para 50 libras sírias (US$ 0,73 / 0,57 euros).

Antes da guerra, ele exportava 50 toneladas de sabão por ano e produzia 250 toneladas para o mercado sírio. O armazém agora contém 150 toneladas.

O sabão não se deterioram tão cedo, ele realmente melhora na qualidade com o  envelhecimento e secagem ao longo de seis anos. Mas Semo disse que não sabe quanto tempo vai durar o conflito. Por enquanto, ele não tem nenhuma fonte de renda estável, acrescenta.

No início de outubro, amadurece as azeitonas. Todo o processo, desde a colheita até a fabricação do sabão acabado, leva quatro meses.

Cinco ou seis pessoas são necessárias para escolher as azeitonas, que são então pressionados num grande extrator para extrair o óleo, misturados com os outros produtos, a partir do qual o sabão em si é eventualmente produzido em torno de Fevereiro.

O problema é que a fabricação de sabão exige trabalhadores especializados de Alepo.

“Eu não sei se eles vão ser capazes de chegar este ano” por causa do conflito, diz Semo.

Seu vizinho, Ahmad Kefo, um homem mais velho que ostenta o bigode espesso usado por muitos homens na região curda, suspira , enquanto oferece pistache frescos e romãs.

“Esta situação vai durar um longo tempo. Este ano, vou parar 80% da minha produção de sabão”, lamenta ele.”

 

 

Amplificadores valvulados – esquema

Como tinha me comprometido, postei o primeiro esquema elétrico dos ampfificadores valvulados. Este é do WE91, um design original da Western Electric de 1930 que era usado para sonorizar as salas de cinema na época. Apesar dos somente 10W de potência este ampfificador era suficiente para sonorizar as salas com o uso dos super-eficientes sistemas de falantes com cornetas. Em 1992 num artigo do Joe Roberts para a revista Sound Practice catalisou o renascimento do WE91A, para o deleite dos audiófilos.

Veja mais na página WE91A.

 

 

Tubes amplifiers – schematic

As I had committed, I posted the first schematic diagram of tube amplifiers. This is the WE91, an original design of Western Electric from 1930 that was used to sound the movie theaters at the time. Despite only 10W of power this was enough to sound the rooms with the use of super-efficient speakers system with horns. In 1992 an article by Joe Roberts for the Sound Practice magazine catalysed the revival of WE91A, to the delight of audiophiles.

See more at page WE91A