Uma incursão e um tributo ao azeite de Portugal

portuguese DOPEste post na verdade não é um tema de saboaria e sim um tributo caloroso que faço ao azeite de Portugal e a sua gente!
De uma análise técnica de saboaria, se converteu em algo mais amplo e importante que são os méritos e os benefícios do azeite para a saúde e bem estar das pessoas.

Sempre me incomodou algumas incertezas que advém qdo se fala do sabão 100% de azeite, o sabão historicamente chamado de sabão de castela, ou castilla ou castile. Esse sabão de Castilla dos reinados da Espanha, foi levado ao reino de Castilla pelos mouros lá pelo século XIII que por sua vez pegaram do sabão de Aleppo o ancestral pai e mãe de todos os sabões históricos, que na falta do óleo de bagas de louro, fizeram o 100% azeite. Mais ou menos duzentos anos depois esse sabão deu origem ao famoso sabão de Marselha.

Esse sabão de Castilla já nao existe mais faz muito tempo e o de Marselha está definhando, infelizmente. São processos a quente, o chamado full boiled, com salinização e retirada da glicerina. Hoje é feito artesanalmente por cold process, um processo totalmente diferente do que era feito, que produz sabão estruturalmente diferentes e mais frágil. Não temos testemhunho de como era o original Castilla, mas podemos referenciar o de Marselha, este nao baba e gelefica como o feito por CP.

Hoje em dia não existe saboaria industrial e nem artesanal mais evoluida que faça este tipo de sabao porque nao teria mercado. O sabao tem deficiências sobejamente conhecidas – pouca espuma e espuma miúda, fica mole quando molhado e no caso do artesanal (CP) baba muito qdo nao gelifica (dissolução). A falta de espuma farta e grande fez com que os fabricantes de Marselha começassem a colocar óleo de coco em tal quantidade que o rei de França baixou decreto estabelecendo o mínimo de 72% de oliva para continuar a ter denominação de sabão de Marselha. O artesanat de saboaria nos USA denomina esse castilla com coco, de Bastile, etimologia de bastard com castile.

Mas retomando ao o que comecei a dizer, me intriga o porque alguns saboeiros de Portugal afirmam que o sabao 100% azeite que fazem nao tem os defeitos mencionados e alguns só fazem este tipo de sabão. Resolvi analisar em certa profundidade para buscar o que chamo de elo perdido, se é que existe, do porque, a razão.

É bem simples, como é um sabão de um único óleo, o oliva, fica fácil trabalhar com essa única variável. A pergunta a buscar seria – a performance do sabão 100% azeite depende do azeite usado? Para responder essa pergunta fiz uma incursão ao mundo do azeite de Portugal. Fiquei encantado com o que descobri! Não em termos de utilidade para a saboaria mas bem mais amplo e importante, o mérito do azeite de Portugal para a saúde e bem estar das pessoas.

Sempre ouvi dizer da ótima qualidade do azeite de Portugal mas sempre levei com reserva este tipo de comentário porque a verbe nacionalista é sempre exacerbada e nem sempre corresponde à verdade.
Hoje falo com a maior tranquilidade que de fato o azeite de Portugal é o melhor do mundo! Não sou um conhecedor de azeite, nunca fui, mas na minha ótica química, analisando a constituição e a composição dos óleos de oliva, é possível inferir a qualidade e o impacto na saúde dos consumidores.

Portugal tem uma produção que corresponde a aproximadamente 2% da produção mundial e tem anos que não supre o consumo interno e a exportação, sendo necessário a importação. As oliveiras estão presentes na paisagem portuguesa por milênios, recente foi mostrado uma oliveira de 2450 anos de idades em terras alentejanas de Monsaraz e algumas outras de um milênio, no mesmo sítio.

Oliveira de 2450 anos em Monsaraz

Oliveira de 2450 anos em Monsaraz

Os fatores que afetam a qualidade do azeite são: a variedade, o estágio de maturação, condições ambientais, práticas de cultura, método de extração do óleo, etc, sendo o mais importante a variedade da oliveira. Em Portugal existem duas dezenas de variedades de oliveira sendo as mais importantes as que constam na tabela abaixo, produzidas nas 7 regiões DOP – Denominação de Origem Protegida, como mostrado na figura acima.

portuguese olive oil fa

Está mais do que provado em inúmeros trabalhos científicos que os ácidoa graxos monoinsaturados, no caso o ácido oleico (C18:1) fazem bem ao coração, somados aos efeitos do compostos fenólicos presentes no oliva. Todos os azeites portugueses destas DOP tem acima de 70% de ácido oleico, destacando a varidade Verdeal Trasmontana com mais de 80%. Aqui já temos o indício da excepcional qualidade do azeite português.

E agora, como fica em termos de sabão?
Existe uma diferênça significativa do teor de linoleico (C18:2), um ácido graxo poliinsaturado. A maioria das variedades possuem teores abaixo de 6% e somente as variedades Cobrançosa com 8 % e a rara variedade Madural com 13% ambos de Trás-os-Montes, tem reores acima dos 6%.
Minha análise não foi conclusiva pois carece de experimentações, e lanço aqui um desafio aos amigos portugueses – será que tem diferênças no sabão 100% azeite feito com azeite da variedade Cobrançosa versus um sabão feito com a variedade Verdeal, ou melhor, entre Trás-os-Montes e Alentejo?
Lembro que a poliinsaturação nos óleos compromete a dureza e está relacionado também a baba e gelificação ao contato com a água.
O fato inegável é que existe uma diferênça na composição dos ácidos graxos das várias variedades de oliva produzido em Portugal, resta comprovar se essa diferênça tem impacto ou não nas propriedades do sabão 100% azeite.

Interessante notar que nas calculadoras da Soapcalc e da Mendrulandia, o padrão estabelecido do teor de linoleico é de 12%, com certeza nao foi baseado no azeite português.

Alguém deve estar perguntado, mas como fica esse azeite português comparado com outros, por exemplo, o azeite produzido na Espanha?
Vamos ver a tabela abaixo:

olive oil fa composition wwSim, surpresa? Aqui está a comprovação de que o azeite de Portugal pode ser considerado o melhor do mundo!

Como referência de um olival e produção de azeite em Portugal, cito este que seguidamente vem ganhando premios internacionais e já ganhou o de melhor azeite do mundo, a Risca Grande, no Alentejo, em Beja. Uma empresa modêlo, com gestão moderna e estimulante, com práticas benchmark e um GMP exemplar:
http://www.riscagrande.com/

Obrigado a todos!

Sabão de óleo usado – carbonato de calcio

P1030287Rev TituloObservei que algumas inicitiavas de reaproveitamento de óleo usado com a produção de sabão, tanto de empreendedorismo individual quanto de ONG, usam o carbonato de calcio ou dolomita – minério de carbonato de calcio e magnésio.

Fiquei curioso porque a adição destas cargas onera os custos do produto e só justificaria se tivesse uma função muito específica. Pedi informações e como ninguém respondeu, resolvi fazer alguns testes.

sabao oleo usado caco3A fórmula usado foi essa. O corante base água de cor azul foi usado para a melhor visualização do teste.
P1030290tituloP1030291tituloPara medir a diferença na dureza do sabão foi improvisado este dispositivo que imita um aparelho de medida de impacto. Consiste de um tubo direcionador, de 1 metro de altura por onde é  lançado uma haste de aço com 15g de peso. Por gravidade esta haste percorre o tubo direcionador e penetra na massa de sabão. A dureza é medida pela profundidade de penetração (mm).

impactoO sabão ficou secando 25 dias antes do teste de dureza e ambos, o com e o sem carbonato, tiveram o mesmo valor de dureza de 6 mm.

P1030303O teste de formação de espuma foi feito com um pincel de barba friccionado de modo padronizado no sabão para desenvolver a espuma. Não foi notado nenhuma diferênça. O comportamento do sabão molhado também foi identico, formando a “baba” característica deste tipo de sabão.

Para testar a oxidação (rancidez) do sabão, estes foram deixados ao lado de uma janela de vidro exposto ao sol direto da manhã por 10 dias.

P1030453textDiferênça significativa, o sabão com carbonato de calcio tem muito melhor resistência a oxidação.

Conclusão:
Pelo que foi testado só podemos dizer que o carbonato de calcio melhora a resistência à oxidação deste tipo de sabão que é muito propenso a rancificar.
Acredito que não seja esse o principal motivo de usar dolomita ou carbonato de calcio no sabão de óleo usado, mas infelizmente não consegui ter mais elementos que pudessem justificar o seu uso. Lamento também que as pessoas que usam este tipo de carga não divulgem os méritos de se fazer isso, de tal modo que justifiquem o penalti nos custos, todos sairiam ganhando.

Sabão dominó

IMG_0536IMG_0556Uma variação do mesmo tema dos sabões petit poás, aqui está o sabão dominó.
São sabões com a formulaçao básica de óleo de palma/babaçú/oliva/mamona – 35/30/30/5, SF de 5%, concentração da soda de 30% e dióxido de titânio (1% s/o) e carvão de bambú (1,5% s/o) para dar, respectivamente, a cor branca e a cor preta.
Para o aroma foi usado óleo essencial de petitgrain/patchouli – 2/1, 3,5% s/o.
É o conjunto completo do jogo de dominó com 28 sabões de aprox. 100g (8 x 5 cm).

IMG_0451Primeiro são desenhados todas as 28 pedras do jogo do dominó, dimensionados para dois moldes, um de 300 x 270 mm e outro de 300 x 180 mm, sobra um excesso em ambos os moldes. Isso gera um gabarito para o posicionamento sobre a manta de massa de modelagem posicionada no fundo do molde e a marcação.

IMG_0454Os canudos de 8 mm são posicionados na massa de modelagem de acordo com a marcação feita com o gabarito.
IMG_0455Ao total foram 195 canudinhos de milk shake, 132 no molde maior e 63 no menor.

IMG_0462O sabão é preparado com o traço leve e vertido nos moldes. Tive um problema ocasionado pela aceleração do traço devido ao óleo essencial de limão siciliano e o súbito aumento da viscosidade no momento de colocar no molde, derrubaram os canudos do molde menor. Tive que refazer o sabão dos dois molde e preparar novamente o molde menor.

IMG_0466IMG_0467Após 12 horas os canudos foram retirados.
IMG_0472IMG_0473O sabão preto de carvão de bambú é preparado e as 195 cavidades são preenchidas com este sabão.
IMG_0479IMG_0480Depois de 12 horas o sabão é retirado dos moldes e cortados seguindo o desenho do gabarito.

IMG_0520revIMG_0523revIMG_0526IMG_0530revIMG_0531IMG_0541IMG_0543IMG_0551IMG_0551 IMG_0558

IMG_0554

Natural coconut soap

This is a simple coconut soap for use in general cleaning of the house, especially the kitchen and for washing clothes. After drying can be processed into powder soap for washing machine.

People who buy industrialized coconut soap complain that soap now has a lower quality, the cleaning power is diminished and the soap dissolves, is too soft on contact with water. In part this is due to the greed of businessmen who have salt added as filler to give weight and increase profitability and this compromises the performance of the soap.
This soap is 100% natural coconut was made to use a quantity of crude and organic babassu oil very old I had here. The formulation is 80% babassu oil, 20% of used cooking oil with a superfatting 5% and as coloring, titanium dioxide for white, red iron oxide, chromium oxide green, iron oxide black and violet overseas, to swirl.Was used lye concentration of 32%.

When a coconut soap is made by using only coconut oil the soap is excessive hardness makes it difficult to use and the cold process also generates a lot of heat (exotherm) with the risk of crack soap into the mold. 20% of the recovered oil (canola / soybean – 60/40) was used to minimize these problems without compromising the quality of the product, including making it less aggressive to the skin.

This saponification with lauric acid present in babassu oil is very reactive and have to stay in the mold uncapped to relieve the heat generated and is ready to be cut after 4 hours, it is impossible to leave more time to cut with the wire cutters. As there is a strong detachment of heat and the mold is opened, there is a small carbonation on the surface of the block of soap, can be seen in green and black.

 

Meu Caminho de Santiago – esclarecimentos

Tenho ouvido comentários que o meu relato do Caminho é um bocado desencorajador para quem pretende fazer a jornada.

Minha intenção não é, de modo algum, desencorajar as pessoas a fazerem o Caminho de Santiago. A minha intenção é que as pessoas tenham uma noção mais real das dificuldades, as dificuldades existem, não se pode negar.

Meu caso não pode ser uma generalização pois o que aconteceu com o tempo durante meu Caminho, foi algo anormal, atípico – ouvi muitas vezes, “desde 1930 o inverno não foi tão prolongado e nunca em 20 anos choveu tanto nesta época do ano”.

Vamos aos fatos. Pesquisei e achei no site do Gobierno de Navarra (http://meteo.navarra.es/archivo/comentariosdelmes/) os dados meterológicos desta provincia nos meses de maio e junho, período que fiz o Caminho.

Realmente, como se pode ler, o tempo foi muito anormal, muita chuva e baixas temperaturas que bateram séries históricas de 30, 37 anos!

Transcrevi os documentos, abaixo:

COMENTARIO METEOROLÓGICO DEL MES DE MAYO DE 2013

El mes de mayo se ha caracterizado por ser un mes muy frío en toda Navarra. En cuanto a las precipitaciones, mayo se puede caracterizar como un mes normal a húmedo en la mitad sur y de húmedo a muy húmedo en la mitad norte. El agua almacenada en los pantanos ha pasado del 89% en que se encontraba el mes pasado al actual 93%.

Las precipitaciones se han situado por encima de la media en prácticamente toda Navarra, salvo los observatorios de Lerín, Olite y Tudela que se encuentran en valores próximos a los valores medios. En general, en la mitad sur se recoge entre el 100 y el 150% de los valores medios. En la zona norte los valores de precipitación de este mes de mayo se sitúan entre el 150 y el 200%, salvo en la zona de mayor influencia atlántica en donde se llega casi a triplicar la lluvia esperada. Han sido numerosos los días de lluvia, pero en general estas no han sido muy intensas, apareciendo el fenómeno del granizo entre los días 15 y 17 fundamentalmente, pero de forma poco intensa y sin ocasionar mayores daños a los cultivos.

En la mitad norte de Navarra se han registrado más de 20 días de lluvia. En las estaciones de Lesaka y Valcarlos se han llegado a registrar 26 días de lluvia; en el caso de la última estación es el mes de mayo con más días de lluvia de una serie de 37 años. Otras estaciones con series que superan los 30 años y que han registrado más días de lluvia este mes de mayo que los registros históricos son Erro, Espinal y Zubiri. Los valores de precipitación en un solo día más altos para el mes de mayo se han superado en las estaciones de Goñi, Navascués y Sesma (las dos primeras con series superiores a 30 años). Otro hecho destacable es que parte de estas precipitaciones se siguen recogiendo en forma de nieve en zonas altas, ya que el día 18 la nieve llegó a cubrir el suelo de estaciones como Goñi, Olagüe, Erro, Eugi y Zubiri.

La precipitación acumulada entre el 1 de septiembre y el 31 de mayo sigue mostrando un mapa en el que todos los observatorios se sitúan por encima de los valores medios, entre el 135% de Doneztebe-Santesteban y el 209% de Galbarra. Esto conlleva que en un total de 32 estaciones se haya ya superado los valores de precipitación máxima del año agrícola (del 1 de septiembre al 31 de agosto del año siguiente), a falta de tres meses. Cabe nombrar los observatorios de Aibar, Alloz, Epároz, Erro, Espinal, Javier y Valcarlos, por tener series superiores a los 30 años. En Pamplona no se ha superado todavía la máxima precipitación en un año agrícola, pero hay que remontarse al año 1967-1968 para superar los valores de la campaña 2012-2013, es decir, este año es el de mayor pluviometría de los últimos 45 en Pamplona, teniendo además en cuenta que quedan por sumar las precipitaciones que se reciban durante los meses de junio, julio y agosto.

Si bien la pluviometría elevada es algo que caracteriza a la campaña 2012-2013, lo que más caracteriza este mes de mayo son las bajas temperaturas. La temperatura media se ha situado por debajo de la media en toda Navarra, con anomalías que van entre los -2,5 o C de Aibar a los -5,2 o C de Leyre, estando la inmensa mayoría del territorio comprendido entre los -3,0 o C y los -5 o C, es decir, valores medios más propios de un mes de abril que de un mes de mayo, por lo que se puede caracterizar el mes como muy frío o extremadamente frío en todo el territorio. En 38 estaciones se ha registrado la temperatura media más baja de un mes de mayo; de ellas en 30 tienen una serie superior a 20 años, entre ellas se pueden nombrar las estaciones de Aoiz, Leyre o Sesma en los que la temperatura media se ha situado más de dos grados por debajo de siguiente valor más bajo de su serie. Siguen registrándose heladas en zonas altas, superándose el número de días de helada en Areso, Irotz, Olage y Urzainqui, produciéndose la última helada el día 26.

Se han registrado vientos superiores a los 100 km/h durante en las estaciones de Arangoiti (día 31) y Gorramendi (días 25, 28, 30 y 31). El día 31 se alcanzaron los 123 km/h en Gorramendi y los 114 km/h en Aralar.

COMENTARIO METEOROLÓGICO DEL MES DE JUNIO DE 2013

Junio se ha caracterizado por ser un mes frío y húmedo en toda Navarra. El agua almacenada en los pantanos ha pasado del 93% en que se encontraba el mes pasado al actual 89%.

Las precipitaciones se han situado por encima de la media en toda Navarra. Los observatorios más meridionales (Buñuel y Fitero) son los que han registrados precipitaciones más próximas a los valores medios. Por otra parte, los observatorios que más se han alejado de los valores medios son los de Galbarra, Irotz y Leyre que han recogido entre 2,7 y 2,8 veces los valores esperables. A pesar de que el mes ha sido húmedo, los días de lluvia están dentro de los valores medios, lo que nos indica que las lluvias han sido intensas cuando se han producido. Esto lo confirma el hecho de que en diez minutos se recogieran: 12 litros en la estación de Tudela-Montes de Cierzo el día 6; 9,4 litros en Sartaguda el día 8; 6,4 litros en Irabia el día 7; 5,3 litros en Etxarri- Aranatz el día 7 y 5,1 litros en Doneztebe-Santesteban el día 9. A pesar de que las lluvias han sido intensas ha granizado en pocas estaciones y sin provocar daños importantes. Los días 7 y 8 llovió intensamente en toda la Comunidad, pero especialmente en la zona norte el día 8. El hecho de que estas precipitaciones no se registraran en puntos aislados, sino en una amplia zona, junto con unos suelos saturados provocó importantes crecidas de varios ríos, siendo la más relevante por los daños ocasionados la que se produjo en la Cuenca de Pamplona el día 9. Destacar que el río Ultzama a su paso por Olave pasó de registrar unos 13 m3/s el día 8 a 370 m3/s el día 9 y volvió a bajar a entorno los 20 m3/s el día 10. Se han superado los valores máximos de precipitación recogida en 24 horas en el mes de junio en las estaciones de: Aribe, Arizkun, Barásoain, Epároz, Erro, Espinal, Eugi, Irotz, Irurtzun, Lesaka, Olóriz, Puente la Reina, Urzainqui y Zubiri. Tomando en consideración la lluvia acumulada de todo el mes de junio han superado los valores máximos de precipitación de este mes las estaciones de Espinal, Eugi, Irotz, Lesaka, Olóriz, Puente la Reina y Urzainqui. Todas las estaciones nombradas tienen series de más de 30 años.

La precipitación acumulada entre el 1 de septiembre y el 30 de junio sigue mostrando un mapa en el que todos los observatorios se sitúan por encima de los valores medios, entre el 136% de Doneztebe-Santesteban y el 213% de Galbarra. Un total de 49 estaciones han superado ya los valores de precipitación máxima del año agrícola (del 1 de septiembre al 31 de agosto del año siguiente), a falta de los meses de julio y agosto. A las estaciones que ya lo habían superado el mes pasado se suman este mes Aribe, Betelu, Caparroso, Esparza de Salazar, Eugi, Goizueta y Olagüe nombrando solo aquellas que tienen una serie superior a los 30 años.

La temperatura media se ha situado por debajo de la media en toda Navarra, con anomalías que van entre los -1 o C de Pamplona a los -3,4 o C de Leyre, estando la inmensa mayoría del territorio comprendido entre los -2,0 o C y los -3 o C, lo que permite caracterizar el mes como muy frío en prácticamente todo el territorio, con puntos aislados de carácter frío en todas las regiones agrarias. Sin embargo, solo se ha superado la efeméride de temperatura media más baja, en estaciones con una serie de más de 20 años, en la estación de Aoiz.

Las rachas más intensas de viento se han registrado en las estaciones de Bardenas-Loma Negra (99 km/h el día 1 y 88 km/h el día 9) y Aralar (88 km/h el día 9).

Eu nunca fui um atleta, eu costumo dizer que pavimentei meu caminho para ter uma vida melhor, com certo preparo físico. Eu corri na rua durante 20 anos quase todos os dias 5 km, corri 15 São Silvestre consecutivas e quando resolvi fazer o Caminho, entrei numa academia e durante 9 meses, 5 vezes por semana, me preparei para melhorar a resistência, fiz musculação, spinning bike e pilates.

Com todo este background ainda assim, sofri muito nas primeiras duas semanas e como comentei, gente veterana do caminho, como a Dona Isabel, de Alicante, na sua quinta jornada, se queixava das dores nos pés e todas as noites passava um gel relaxante muscular nas pernas e nos pés.

Pessoas como a espanhola de Val D’Arcan, acostumada a caminhar nos Pirineus, subir e descer montanhas, trabalhar na estação de inverno, na sua terceira jornada, tinha lá suas queixas de dores.

Eu tive a sorte de não ter bolhas nos pés, mas ví muita gente com bolhas terríveis que tomava a planta do pé inteira. Em alguns albergues tinha até o “especialista” em fazer o tratamento, o curativo com Compeed. Eles estavam lá não era por mero acaso, bolhas nos pés é a coisa mais comum, doi e faz sofrer e acontecem naqueles trechos iniciais, os trechos mais acidentados e onde a euforia do Caminho é mais intensa.

Cruzei com uma senhora espanhola que o apoio lateral da mochila friccionava no osso do quadril e mais de uma fez a vi chorar de dor.

A mim o que ficou é uma unha preta do dedão do pé que em três meses dizem que vai cair… mas nasce outra!

Se vai fazer o Caminho, esteja preparado para sofrer, o sofrimento faz parte do Caminho, é isso que quero deixar mais claro e desmistificar que o Caminho são só flores… tem espinho também!

Se for, desde já, um Buen Camino!

 

 

Meu Caminho de Santiago

Entre 22 de maio e 19 de junho de 2013 fiz o caminho de Santiago, o caminho francês, a pé. Iniciando em Saint Jean Pied de Port nos Pirineus franceses, no total de 782 km, até Santiago de Compostela

A caminhada não foi fácil, foi um sofrimento só pelas condições adversas do tempo. Durante três semanas choveu quase todos os dias e a temperatura foi em média em torno de 7° C. Comentavam que desde 1930 nunca o inverno foi tão prolongado e em 20 anos nunca choveu tanto nesta época do ano.  Azar meu, paguei todos os pecados e Santiago ficou me devendo!

Esta é a Compostela, o documento emitido pela Oficina de la Peregrinacion – Catedral Santiago, que atesta que o peregrino completou no mínimo os 100 km finais (de Sarria) até Santiago de Compostela.

Traduzindo do latim os dizeres da Compostela:

“O capítulo desta Venerável Igreja Apostólica e Metropolitana Compostelana, guardião do selo do Altar do Bem-aventurado Apóstolo Thiago, que a todos os Fiéis e Peregrinos vindos de todo o Orbe terrestre, por sentimento de devoção ou por motivo de promessa, à morada de Nosso Apóstolo Patrono e Protetor dos Espanhóis, São Thiago, fornece autêntico certificado de visitação, a todos e a cada um que vier examinar esta presente, faz saber que ………………….. visitou devotamente este sacratíssimo Templo por motivo de fé. A ele confiro o presente documento como testemunho, munido do selo desta mesma Santa Igreja.
Data de Compostela, dia … do mês de …. do ano do Senhor …. .
Secretário Capitular”

E no selo do documento está escrito:
“Selo do Capítulo de São Thiago de Compostella”

Esta é a credencial do peregrino que é exigida para a emissão da Compostela que através da Certificación de Paso (carimbos) comprova por onde passou o peregrino ao longo do caminho, no meu caso, o caminho francês.

Meu Caminho de Santiago: reflexão e reminiscências

Agora falar é fácil, depois que tudo terminou e terminou bem!
Mas verdade, inúmeras vezes pensei em desistir, esquecer o caminho, ir para Portugal… principalmente, quando deitado na cama tosca de uma pensão tosca em Pamplona, um dia e noite inteira imobilizado para curar o músculo lateral do joelho esquerdo estirado na descida sofrida e dolorida de Roncesvalle a Zubiri, uma descida de mais de 15 km, íngreme, com pedras, pedras roliças e escorregadias, naquela chuva intensa sem dar trégua e aquele frio de 5 graus.

Quando fui na ACACS – SP (Associação de Confrades e Amigos do Caminho de Santiago de Compostela-São Paulo) em agosto do ano passado para assistir uma paletras sobre o caminho, o que ouvi, da simpática palestrante, foi só as coisas boas do caminhar à santiago. Pesquisando na net, a mesma coisa, só coisas boas e positiva.
Acontece que o caminho tem coisas ruins que podem acontecer ou não, em maior ou menor grau. São coisas que podem acontecem com você, com o seu corpo e coisas que podem acontecem com o caminho, com a trilha.

A mim aconteceu, com o caminho, principalmente, potencializado pelo péssimo tempo de fez. Choveu simplesmente três das quatro semanas, quase todos os dias e quase o dia todo, um frio inesperado de 5 graus e quando melhorava ficava nos 10 graus.

Lembro do difícil primeiro dia que foi a subida de Saint Jean à Roncesvalle, são 20 km de subida, saindo de 170 m até 1100 m pelo caminho de Valcarlos ( o outro caminho, a rota de Napoleão foi orientado pela oficina de Saint Jean a não ser feito devido à neve). Simplesmente um lamaçal só, acho que caí de joelhos umas três vezes com a bota atolada na lama e fazia tanto frio que as gotas de chuva congelavam, viravam gêlo ao cair na sua capa. Quando cheguei após 8 horas em Roncesvalle minhas mãos estavam quase congeladas, não conseguia preencher o formulário do albergue.

Como chovia e fazia frio bem antes de eu iniciar minha caminhada, as trilhas e caminhos em Navarra, e La Rioja, as regiões mais acidentadas e topograficamente variadas, estavam quase intransitáveis tal a situação de barro e lama que tomava toda a trilha.

Comigo, com o meu corpo, felizmente nada de muito grave aconteceu. Não tive nada de bolhas nos pés, nada de dor insuportável nos ombros ao carregar todo o tempo os 10 kg da mochila. Somente um estiramento no músculo lateral do joelho esquerdo que depois de três dias estava curado, mas me fez ficar um dia a mais em Pamplona, imobilizado.

Mas tem uma coisa, com todos acontece, você só não sente mais dores nos pés e pernas depois de uns 15 dias. Durante este tempo a dor sempre vai te incomodar, cada dia é um local dos pés/pernas, um músculo aqui outro lá. Conheci gente experiente, a terceira vez que fazia o caminho, e mesmo com esses, dores por um longo tempo até que vc e seu corpo se acostuma com o esforço repetitivo. Depois que você faz a sua jornada diária, eu fazia em média 25 km por dia, levava umas 5 horas e pouco, e na maioria das vezes fazia non-stop, quando tomava o banho e estirava no beliche, para levantar era um tal de pisar nas pontas dos pés, escorar para não cair, uma dó só.

Os albergues das cidades grandes como Burgos e Leon e também o de Roncesvalle, são ótimos, confortáveis, com estrutura de apoio, cozinhas, comedores, etc. Agora a grande maioria dos albergues das aldeias e vilarejos pequenos são precários, sem muito conforto, com o mínimo para um pernoite.

A alimentação não é problema, por 10 euros (é caro) vc dispõe do menu do peregrino que consiste de um primeiro prato (salada ou sopa ou macarrão) e um segundo principal que pode ser carne ou peixe, uma sobremesa e vinho ou água. Uma alternativa era comprar no mercadinho, frios, pão ou mesmo algo que poderia ser feito na cozinha do albergue, quando este tivesse esta estrutura.

As pessoas que você encontra pelo caminho é o que costumava dizer, na verdade são encontros e desencontros, porque as pessoas vão e voltam, você cruza com elas e descruza com elas. Como fiz o caminho sozinho, sozinho fiquei na maioria do tempo, mas tive a alegria de conhecer a Silvia, italiana e a Nathalie, espanhola, que faziam juntas pela terceira vez o caminho, desta vez a partir de Burgos (elas faziam o caminho do norte mas a chuva e o frio fizeram mudar o rumo e fazer o caminho francês) e também, já na etapa final, conhecei o Humberto, brasileiro, um ótimo companheiro de caminho.

Me perguntam se valeu a pena fazer o caminho, só posso dizer que sim, agora que acabou tudo, mas se perguntam se faria de novo, digo com muita certeza que não, que não faria de novo e também não aconselho ninguém a fazer nas circunstância que fiz.

 

Ausência

Estarei fazendo uma longa viagem e não poderei responder os comentários postados.
Só responderei quando do meu retorno.

Obrigado
Roberto Akira

 

The importance of lye concentration

When one wants to calculate the amount of alkali (soda or potash) required to saponify a certain amount of oil or mixture of oils, the calculation is straightforward and direct. It is a calculation based on the stoichiometric ratio of the saponification reaction, a chemical reaction. It can be done manually, requiring knowing the saponification index (SI) of every oil or with the use of various calculators that are online.

Having the amount of alkali – I will refer to lye to ease, the question arises: how much water should I use to make the solution to dilute the lye? Many people do not ask this question because they use the calculators and the two main, already provide a default value.

In Soapcalc is 38% water over oils as a percentage of , the Mendrulandia provides 28% lye concentration.

The person take those values and leave to make soap. It turns out that in most cases these are not ideal for making soap. The Soapcalc still makes a reservation that its default value is for those who are starting and after gaining experience, changes to other levels of higher concentration of lye. The explanation of making a Mendrulandia involving the types of oils and concentration for use. What is bad is that on both calculators these explanations are lost in the middle of the instructions that most do not read.

The fact is that the amount of water is very important for the performance of soap in the properties of initial hardness and initial drying time. Because initial hardness curve and along drying time, approaching the end point in common. If we let one common soap of, say, 6 weeks, regardless of the amount of water was used to dilute lye, everyone will have a similar hardness and are also dried. Now, if we take the hardness and the amount of water present in the soap in the first week, you will notice a big difference significant. And this is very important to the concentration of the lye solution.

There are three ways to express the amount of soda and water when it will make a handmade soap:
1 – Water as a percentage of oils
2 – ratio water: lye
3 – Concentration percentage lye

The first two modes are actually not express the scientific a solution concentration of solute / solvent. It is like expressing measures mass / volume as a tablespoon, teaspoon, cup, which has historical reasons behind when the resources available today were rare and expensive. 20 years ago, who could buy a digital scale?

The most correct concentration is expressed as percentage of lye. Explains the amount of soda and water present in 100g of solution.

I made a table to show that the concentration of lye can be optimized according to some feature of the soap you want to do, its composition of oils, the knowledge of who is going to do, the way you want to do the soap and also the interference some essential oils and additives.

Values below 25% and above 40% are marked as red regions are not recommended liquid separation may be below 25% and very fast reaction above 40%.

The main saturated oils also known as hard oils (hard oils) are those containing predominantly saturated fatty acids in their composition: coconut oil, palm kernel, babassu palm, shea butter, cocoa butter, and stearic acid (fatty acid)

The main unsaturated oils also known as soft oils (soft oils) are those containing predominantly unsaturated fatty acids in their composition: olive oil, sunflower, canola, soybean, sweet almond, avocado, grape seed, castor and rice.

I will mention only the two extremes of the ratio saturated / unsaturated. At most of the relationship 100/zero sat / unsat is 100% coconut soap. Whose sole oil is what contains the saturated fatty acid lauric that can be coconut, palm kernel and babassu. The trace of this soap is very fast and saponification is exothermic, ie, generates a lot of heat. Here it is necessary to work with a low concentration soda (plus water) than usual, somewhat below 30%, which favors a better control of the stroke and can also prevent cracking of the soap in the mold.

The other extreme is revered soap 100% olive oil, the sole component is olive oil, containing mainly fatty acid oleic a monounsaturated. Many make this soap using the default value of 28% soda concentration in calculator Mendrulandia% or 38% of water in oils calculator Soapcalc, which corresponds to 25% concentration of lye. The values lye concentration can be greatly optimized by up to 40% lye conc..

Sabão Preto Beldi feito artesanalmente

O que é o sabão preto Beldi

O sabão preto Beldi é um  sabão típico do Marrocos usado nos banhos (Hamman) do oriente, o banho turco ou sauna a vapor, principalmente na cidade praiana de Essaouria na costa Atlântica do Marrocos, onde este sabão foi criado.

O sabão Beldi é um sabão na forma de pasta que não faz muita espuma, de cor castanho escuro, rica em vitamina E, que possui muita propriedades benéficas para a pele, onde se destaca a sua ação exfoliante além de hidratar e suavizar a pele. É usado para preparar a pele para a exfoliação manual, purificando a pele ao espessar as células mortas para a posterior retirada.

Como é usado o sabão Beldi

Com a pele estando quente e úmida no ambiente de vapores da sauna, é passado em todo o corpo o sabão preto Beldi, deixando atuar por 10 minutos como uma máscara de tratamento. Decorrido o tempo é retirado completamente e em seguida, com uma esponja adequada, usa-se no Marrocos a esponja Kassa apropriada para o Hamman, procede se a exfoliação enégica onde as células mortas da pele são facilmente retiradas.
Este ambiente de vapores e calor pode ser reproduzido, guardadas as devidas proporções, no ambiente doméstico ao deixar formar os vapores com o chuveiro ligado no box de banho.

Formulação do sabão Beldi

Existem vários tipos de sabão Beldi sendo o tradicional a cor escura e a fragância de eucalipto. O sabão é composto de óleo de oliva e pasta de azeitonas pretas saponificadas com potassa (KOH).

Até o começo deste mês de abril, nada sabia sobre o sabão preto do Norte da África e do Oriente Médio e especificamente deste sabão preto Beldii do Marrocos. Foi colocado um post no grupo Saboaria, de Portugal, onde tomei o primeiro contato. Fiquei muito interessado com a composição e a aparente simplicidade. Um comentário no meu blog do saboeiro Luis Carlos Gulias me fez ver uma possibilidade de fazer este sabão artesanalmente por hot process com o processo do sabão líquido, bastando deixar em forma de pasta e não diluir para o sabão líquido.

Analisando os componentes deste sabão vc chega a conclusão que o componente chave é a pasta de azeitonas. É um raciocínio empírico, por exclusão, pois sem a pasta de azeitonas, este sabão seria um simples sabão de oliva em forma de pasta. A azeitona tem aproximadamente, varia de acordo com o espécie e outras variáveis tipo clima, 52% de água, 19% de óleo, 1,5% de proteina, 19% de áçúcar, 7% de celulose e 1,5 de cinzas. Pois estes componentes é que devem conferir as propriedades características do Beldi.

A fórmula ficou assim elaborada :
clique aqui para fazer o download da fórmula

Fazendo o sabão preto Beldi
Componentes

Comprei as azeitonas pretas para preparar a pasta e optei por azeitonas pretas do Líbano, apesar da cor não ser muito uniforme, variando de escuras para algumas mais claras. A vantagem é que estavam em salmoura e descaroçadas

Estas azeitonas pretas libanesas foram deixadas em água quente por 5 minutos para eliminar o óleo superficial e depois trituradas até virar um patê de azeitonas com o uso de um processador de alimentos.

Usei um óleo de oliva extra virgem espanhol que comprei em uma promoção. Não costumo desperdiçar extra virgem para sabão, mas este estava com um bom preço.

Processo

Foi seguido o processo normal de hot para o sabão líquido que está no site:

https://japudo.com.br/saboaria/sabonetes-liquidos/, mas com algumas ressalvas:

– como é um sabão 100% oliva, o trace é bem demorado, coisa de 15 minutos com o uso intensivo do mixer.

– esse uso intensivo do mixer incorpora muito ar na massa e nas primeiras 2 horas de cozimento é preciso prestar atenção para evitar a erupção da massa mexendo com a espátula.

– Existe um movimento de convecção na massa mas não suficiente para despreender o ar ocluido na agitação

– como a massa se torna escura a partir da segunda hora, fica difícil observar as fases característica do hot com KOH – applesauce, mashed potatoes, etc.

– Após 3 horas o pH estava em 9, indicando uma reação completa de saponificação.

– deixei mais 1 hora, totalizando 4 horas, para evaporar um pouco de água e deixar a pasta mais viscosa.

 A pasta de azeitonas pretas é misturada com o óleo de oliva.

O traço demora para acontecer, precisa usar o mixer intensivamente.

Como foi usado o mixer intensivamente há muito ar ocluido na massa e há o perigo de erupção.

Quase ao final de 3 horas de cozimento.

Este é o aspecto após 4 horas de cozimento e o final do processo.
Foi deixado esfriar até 60º C e adicionado os óleos essenciais de eucaliptos.

Após overnight o aspecto final do sabão preto Beldi.

O sabão preto de Beldi

 


Shampoo bar hair & body

This is a handcrafted vegetable and vegan soap, made by cold process, a solid shampoo for hair and body in the form of bars. It is not common to use a solid shampoo bar form for the hair treatment.

In the soapmaking when making a shampoo for hair normally is a liquid soap by hot process method. In the liquid soap always a need exists for coconut oil or palm kernel or babassu because potassium laurate is most soluble salts of soap, liquid soap gives the necessary solubility and also transparency.

Coconut oil is otherwise known for their strong cleaning action, which, depending on the amount used, can be aggressive to the skin and especially to the scalp, an area of great sensitivity.

As there is a limit to the amount of coconut oil, it is not possible to formulate a good shampoo for hair without liquid coconut oil.

Thinking about the possibility of doing a shampoo bars without coconut oil, I started working in a formulation suitable for this.

 

The goal was to have a shampoo that had the maximum conditioning properties and minimum aggressively to skin and scalp.

Remember that property mainly means conditioner and emollient wetting, emolliency acting as a lubricant and wetting increasing the water content of the skin.

 

I selected two oils with excellent conditioning properties, olive oil and avocado oil. The olive oil is well known for its great features for skin and avocado also well known for benefits to hair, restoring dried hair and leaving them silky.

Palm oil whose main function is to give hardness to the soap, was eliminated to enhance the quantities of olive and avocado, totaling 70%.

The 12% castor oil is a quantities reasonable to have a good thick lather and creaminess. The main function of shea butter in this formulation is to give a bit of hardness to soap. Jojoba oil contributes greatly to the good treatment of the scalp and its quantity is kept low so as not to compromise their hardness almost 10% unsaponifiables tip hardness. The sugar is to help improve foaming.

This formulation is quite different, unusual, breaking the rules of good design. It is similar to the 100% olive soap with predominantly sodium oleate. If put into a calculator that provides the properties of the soap such as Soapcalc, see that it is a formulation “unbalanced” with a ratio of unsaturated / saturated with 80/20. For example, have zero cleaning, that is clear, because it not has coconut, hardness is below the lower limit without the palm and bubbly at the lower limit because the sugar does not enter into calculations. By contrast has a conditioning far beyond the upper limit. It turns out that this formulation is deliberately unbalanced, everything was prepared for such a great conditioning sacrificing other properties within the acceptable.

With the absence of saturated oils this soap has a defect, very similar to soap with 100% olive oil. When wet it gets sticky and has a tendency to solubilize faster than a regular soap with palm and coconut. Nothing too serious that disparages the soap, taking care due to soaps such there will be no problems. This is the price one pays for maximum conditioning to the hair.

click here to download complete formula

After a week of drying did a test using this shampoo bars. All properties were predicted reached and many of them have exceeded expectations. The shampoo after drying for only one week he has hardeness enough to be handled smoothly. The dough is quite uniform and no graininess and harshness (no coconut). It has abundant foam with medium bubbles, creaminess typical of castor and a reasonable degree of cleanliness. Leaves hair silky and loose. Meets the typical functions of a good shampoo and also the best, is very good for the body,  leaves skin velvety quite noticeable for a long time after the bath. The shampoo really gets sticky after use but dries well and is good for the next use.

 

 

Óleos vegetais para sabão – refinados ou não refinados … mito!

Os óleos vegetais mais comuns que são usados para fazer sabão e sabonetes artesanais são os mesmos que são usados na sua cozinha ou nas cozinhas das industrias de alimentos. São usados no preparo dos alimentos e na fritura.
O soja, canola, girassol e oliva são os mais usados nos lares, o côco na cozinha regional e o palma e palmiste na confeitaria, em doces e na fritura industrial.

Todos esses óleos são comestíveis e de alto consumo, os usados na cozinha doméstica, são encontrados nos supermercados e mercadinhos. Por razões mercadológicas devem obedecer rígidos padrões de apresentação do produto. São padronizados para serem comestíveis e completamente atóxicos e apresentados como líquidos claros e transparentes, isento de particulados, sem odor e com elevado prazo de validade.

Para se atingir essa padronização, os óleos e gorduras de origem vegetal necessitam de um processamento específico. A esse processamento dá se o nome genérico de refino.

Os óleos vegetais são extraidos de uma variedade de sementes, frutos e nozes. A preparação da matéria prima se inicia com a lavagem e limpeza, seguido pelo descasque, trituração e condicionamento.
A extração geralmente é feita por meio mecânico, sendo para frutos a destilação e para sementes e nozes, a presagem com prensa mecânica. ou pelo uso de solventes como o hexano que depois é destilado para separar do óleo e é reaproveitado.

Após a extração, para eliminar os ácidos graxos livres (FFA) que são responsáveis pela rápida deteriorização do óleo e os fosfolipídeos (goma) que deixa o óleo pegajoso, é necessário o processo propriamente dito de refino. Existem dois tipos de refino, o refino físico onde se usa a destilação (p ex. óleo de palma) e o refino químico (maioria dos óleos) onde é usado um álcali, normalmente hidróxido de sódio, para neutralizar o ácido graxo livre.

O método tradicional de refino é o químico onde o álcali diluido saponifica os ácidos graxos livres e é eliminado como sabão, na água. Além do FFA também é eliminado os fosfolipídeos, metais, produtos oxidados, etc.

No método físico é necessário uma etapa de degomagem com ácidos, fosfórico ou cítrico (p ex. palma) para eliminar os fosfolipídeos. Abaixo está um esquema bem simplificado do processo de extração com solvente e refino químico.

O óleo refinado, quando aplicável, passa por um processo de branqueamento com material de absorção (argila ou carvão ativo) e pelo processo de desodorização com fluxo de vapor. No processo final tem se o chamado óleo RDB (refinado, branqueado e desodorizado).

Todo o processo de refino dos óleos não altera a sua composição de triglicerídeos, isto é, a composição dos ácidos graxos. Deste modo as propriedades dos óleos continua a mesma e o sabão feito do óleo refinado é o mesmo, quando aplicável, p ex. oliva, ao óleo não refinado. O refino retira as impuresas contaminantes dos óleos como os FFA e os fosfolipídeos e com alguns óleos vegetais não refinados sequer é possível fazer um sabão, caso do canola e do soja e do palma.

É um dos mitos da saboaria artesanal, isso de ter problemas com o sabão feito de óleo refinado, não existe nenhuma restrição de quantidade e tipo, que afetam as propriedades do sabão. Outra lenda urbana é, no óleo cuja extração foi empregado solvente, este solvente estará presente no sabão! Outra, no refino químico se usa produtos químicos (NaOH) e essa soda estará no óleo e daí vai estragar o sabão! O absurdo é que depois é usado a soda para fazer o sabão!

Abaixo uma relação com os principais óleos e manteigas utilizados na saboaria artesanal e o tipo de processamento para a sua purificação. A numeração do processo se refere ao diagrama anterior.

Como se pode ver, em alguns óleos existe a opção do virgem e extra virgem que significa que o óleo são sofre nenhum refino, notadamente é o oliva,  e outra opção são os orgânicos, que significa que no refino não é usado produtos químicos, caso do palma orgânico. Obviamente estes tipos especiais são bem mais caros e de difícil disponibilidade.
Enfatizo novamente, não existe razão para escolher óleos virgem, extra virgem e orgânicos para fazer o sabão. Não existe diferênças entre sabão feitos com estes tipos de óleos e os comuns, refinados.

 

 

Marseille soap in danger – all wash their hands?

After the problems faced by the Aleppo soap due to the conflict in Syria, now the soap from Marseille is in danger of disappearing!  This matter was passed by Beth Bacchini and was published on 14.12.12 at:
http://www.laprovence.com/article/economie/le-savon-de-marseille-en-danger-tout-le-monde-sen-lave-les-mains
It was translated from french to portuguese, gently, by Paula Oliveira from Portugal and by me to English.

The largest plant is in receivership

The soap manufacture Fer à Cheval in Sainte-Marthe is a symbol

This 300g cube made since the Middle Ages, would have revolutionized an entire economical row in Provence.

Only, there is the famous Marseille soap has not still protected label. Nothing. Nothing. Worse, his name fell right in the public domain.

And most printed products as Marseilles soap, are not, they are manufactured in Asia. A direct consequence: one of the last two major soap factory in the region, the Fer à Cheval in Sainte-Marthe, is in receivership since October 31. A blow to this flagship company of know-how, acquired and later sold by Henkel, who in January will lose 12 people.

“However, we are the only ones capable of supplying the market with real soap from Marseille, while all others are stealing the name!” says Bernard Demeure, CEO of Compagnie des Detergents du Savon de Marseille, ie the soap manufacture Fer à Cheval, which he bought in 2003. A company that produces less than 2,000 tons of fashion flatter with this ultra natural soap, claimed by dermatologists and fans of ecology.

The competition is fierce
And it comes from Malaysia and Italy. More cruel still, brands like Petit Marseillais giving cards with their lavender and honey shower gels are pure product of Johnson & Johnson! Le Chat are produced in Germany by Henkel, Chantecler in Italy … ! Just reading the composition. Currently, four saboarias defend the historical tradition.

“With the Cours Julien in Le Serail, Marius Fabre in Salon, the Savonnerie du Midi in Aygalades, formed an association to fight against counterfeit products!” They also created the Union of Professional Savon de Marseille with a letter based on three specific criteria: composition, method of manufacture and geographical origin.

In fact, La Compagnie des Detergents du Savon de Marseille provides both the La Compagnie de Provence or the purest products for the Licorne.

“But we’re in an observation period until April. So I try to take all measures necessary to sustain the business, as the factory store. But I’m shocked that anyone do anything to protect him. Marseille does not care even for a product that did its history, for installations dating from the 19th century. Remember there was a time when 30% of the working population worked directly or indirectly for soap manufacture. ”

Single output also for Bernard Demeure: Protected Geographical Indication (PGI), the European official seal of origin and quality that protects geographical names and offers a possibility to determine the origin of a food product when he gets some of its specific origin of this. “This statement could be open for manufactured products.

“And the rest of Savonnerie du Fer à Cheval would like to get their hands on in 2013.” Two years ago we worked on a project with the company Générik Vapeur for a 30 tons soap! A month of opening, has not yet found a space even though the emblem of the city and a product that makes you dream the world. ” Actually, what it is is a battle: “If I wanted rid of them, these three hectares of the plant has long been transformed in a supermarket.”

The sentence in question anyway chill down your spine: “If we close within 6 months, this means that the soap made in Marseille will be over. We also lose a part of our history. ”

Mr Montebourg, there is more to life than the sailor blouses … * Protect the “Genuine Marseille soap”! )

Agathe Westendorp

*translation note: refers to a brand of the sailor blouses brand Armor-Lux on which there is a controversy whether they are made in France.
Translated from french to portuguese by Ana Paula Oliveira Barreto

 

UE estabeleceu a proibição para sempre de testes de cosméticos em animais

Traduzi esta matéria que foi publicada em 31/01/13 no site da Cruelty-Free International:
http://www.crueltyfreeinternational.org/en/a/EU-set-to-ban-animal-testing-for-cosmetics-forever-news.

The Body Shop e Cruelty Free International pioneiros da campanha, comemoram após 20 anos de militância.

Depois de mais de 20 anos de campanha, a empresa de produtos éticos de beleza, The Body Shop e a organização  sem fins lucrativos, Cruelty Free International estão finalmente comemorarando o fim de testes de cosméticos em animais na Europa, com o anúncio antecipado de que a importação e venda de produtos cosméticos testados em animais e ingredientes será proibida na UE em 11 de março de 2013.

Esta vitória inovadora significa que, a partir 11 de marco, qualquer pessoa que pretenda vender novos produtos e ingredientes cosméticos na UE não deve testá-los em animais em qualquer lugar do mundo. A proibição afeta todos os cosméticos, incluindo produtos de higiene pessoal e produtos de beleza, do sabão à pasta de dentes. A The Body Shop é uma das poucas marcas de beleza que não serão afetados pela proibição, depois de ter sido sempre contra os testes em animais.

The Body Shop e a Cruelty Free International está lançando uma série de atividades comemorativas especiais na contagem regressiva para março 11, motivados pela confirmação pessoal do Comissário Tonio Borg que a proibição deverá ir em frente, como proposto. Borg escreveu em uma carta recente aos ativistas da campanha, “eu acredito que a proibição deve entrar em vigor em Março de 2013, como o Parlamento e o Conselho já decidiram. Estou, portanto, não pretendendo propor um adiamento ou derrogação à proibição.”

A proposta de proibição envia uma mensagem forte a todo o mundo em apoio a beleza sem crueldade e em particular para países como a China, que ainda exigem testes de cosméticos em animais, para também enganjar e proibir testes em animais.

O Executivo Chefe da Cruelty Free International, Michelle Thew disse: “Este é realmente um evento histórico e culmina com mais de 20 anos de campanha. Agora vamos aplicar a nossa determinação e visão em um palco global para assegurar que o resto do mundo siga esta orientação.”

Paul McGreevy, Diretor Internacional de Valores da The Body Shop prestou homenagem aos clientes que têm apoiado a campanha da empresa contra a experimentação animal em cosméticos por muitos anos e disse: “Esta grande conquista na Europa é apenas o encerramento de um capítulo. O futuro da beleza deve estar livre de crueldade “.

Em 1991, a BUAV (fundador da Cruelty Free International) estabeleceu uma coalizão da liderânça europeia de organizações de proteção aos animal em toda a Europa (ECEAE) com o objetivo de acabar com o uso de testes de cosméticos em animais. Isto desencadeou uma campanha de alta exposição pública e política em toda a Europa ao longo de mais de 20 anos. Em 1993, a The Body Shop, a primeira empresa de beleza a tomar medidas em testes de cosméticos em animais, apoiou a campanha por conseguir o apoio de seus consumidores em toda a Europa. Três anos mais tarde, em 1996, Anita Roddick, fundadora da The Body Shop, juntou-se a membros da ECEAE e deputados na apresentação de uma petição contendo 4 milhões de assinaturas para a Comissão Europeia.

Em 2012, a BUAV estabeleceu a Cruelty Free International, a primeira organização mundial dedicada a acabar com cosméticos testados em animais em todo o mundo. A The Body Shop, juntamente com  a Cruelty Free International lançou uma nova campanha internacional, que até agora resultou em clientes de 55 países que assinaram um compromisso global de apoiar o fim dos testes de cosméticos em animais para sempre.

Cruelty Free International Chief Executive Michelle Thew estará se reunindo com o Comissário Tonio Borg na quarta-feira 30 de janeiro, em nome da Coligação Europeia para Acabar com a Experimentação Animal (ECEAE) para discutir a implementação da proibição.

 

Óleos essenciais fotosensíveis

Alguns óleos essenciais, notadamente os cítricos, são fotosensíveis ou fototóxicos. Estes óleos essenciais em contato com o UV da luz do sol podem provocar danos à pele na forma de queimaduras cujas sequelas podem vir a ser difíceis de eliminar. O componente responsável pela ação fotoquímica são os compostos derivados do furano. 

Existe uma classificação do potencial de fotosensibilidade que é medida pelo tempo após a aplicação que pode ser exposto ao sol sem ter fotoreatividade. Por exemplo, o Lima tem que aguardar 72 horas, enquanto o Tangerina, 24 horas. De qualquer modo não acho seguro este tipo de informação, o melhor é evitar o uso. Também tem outra nuância, alguns cítricos quando destilados da casca não são fotosensíveis, e quando extraidos por cold press, são. O melhor é ser conservador e procurar não usar esses óleos essenciais em produtos em contato com a pele e que fiquem diretamente expostos ao sol.

Na foto está uma severa queimadura provocada pelo suco do limão. Decerto estava preparando uma limonada ou … uma caipirinha! Não lavou as mãos e expôs ao sol!

Palm and palm kernel oil

 

A recurring question about the oils is palm oil. Many questions arise with large quantities of palm oil on the market. Palm oil, palm crude oil, refined palm, palm olein, palm stearin, palm organic, palm kernel oil, are the designations referring to oils obtained from the fruit of the palm Elaeis guineensis, also known as dende tree. The Elaeis guineesis is native in tropical regions, about 10 degrees above and below the equator. In Brazil, in the Amazon region, with large areas of cultivation in the state of Pará  and Amazonia and to a lesser extent in Bahia.

Elaeis guineesis

The largest producers are Indonesia, Malaysia, Nigeria and Colombia. Brazil occupies a position of 13 ° global producer.

A peculiar feature of the fruit of the oil palm is that it produces two types of oil: from pulp (mesocarp) is extracted the palm oil and kernel the palm kernel oil (PKO). The fatty acid composition of these oils are completely different. In palm oil predominate palmitic and oleic and in palm kernel oil, lauric and myristic, it which is very much similar to that of babassu and coconut.

Elaeis guineesis fruit

The pulp and consequently the crude palm oil has a yellow to orange-red attributed to the amounts of carotenoids in fruits and also at the level of oxidation that has undergone the fruit to be kept stored before being processed.

 

 

 

 click here to see more

Anti-oxidantes e conservantes naturais

Os produtos típicos da saboaria artesanal natural tais como sabonetes, cremes, óleos corporais, bálsamos, podem se deteriorar com o tempo. Esta deteriorização pode ser provocada pela oxidação dos óleos e/ou pela formação de bactérias e fungos.

Os produtos que inibem ou retardam estes defeitos são os anti-oxidantes e os conservantes.

Anti-oxidantes

Muitos já devem ter ouvido falar ou mesmo presenciado um defeito que ocorem com os óleos em geral, em óleos que se usam na cozinha. Este defeito é a rancificação do óleo ao longo do tempo de estocagem, denotado pelo cheiro característico de ranço, o óleo se estraga. Este mesmo defeito pode ocorrer com o sabão feito artesanalmente, é raro mas pode ocorrer com sabão feitos com determinados óleos, por exemplo, óleo de semente de uvas e que tenham na sua formulação um alto valor de sobre-engorduramento (superfatting), acima de 8%.

A rancificação é um processo de oxidação onde os radicais livres formados pela luz e o ar atacam as insaturações presentes nos óleos poliinsaturados, como no caso do óleo de uvas.

Conservantes

Em produtos com uma razoável quantidade de água, como nos cremes a base de água, é muito comum a formação e crescimento de microorganismos que acabam por estragar o produto. Neste casos é sempre necessário o uso de algum tipo de conservante. Nos produtos anidros ou com muito pouca água normalmente não é necessário esta precaução.

veja mais aqui

 

 

Regularizar a saboaria

Se você faz ou pretende fazer produtos da saboaria artesanal para consumo próprio, da família ou do seu círculo de relacionamento, você estará fazendo isso como um hobby. Neste caso, não será necessário nenhuma ação perante os orgãos reguladores. Caso você queira produzir para comercialização ou sair da informalidade, você vai precisar regularizar o seu empreendimento.

Infelizmente, diferente de outros países onde as exigências são mais flexíveis, no Brasil este processo é muito complexo, exigente, caro e inviável para um produtor artesanal. No Brasil não existe uma distinção entre artesanato e industria para a atividade saboeira, as regulamentações e leis se aplicam indistintamente. Se você faz o seu cold process num canto da sua casa, faz com esmero e carinho, pontificando a qualidade, que são premissas básicas da arte de um  autêntico artesanato e quer vender a sua pequena produção, você vai ter que proceder como se fosse uma gigante multinacional do setor, tem que seguir as mesmas regras.

veja mais aqui

 

 

Amplificadores valvulados – esquema

Como tinha me comprometido, postei o primeiro esquema elétrico dos ampfificadores valvulados. Este é do WE91, um design original da Western Electric de 1930 que era usado para sonorizar as salas de cinema na época. Apesar dos somente 10W de potência este ampfificador era suficiente para sonorizar as salas com o uso dos super-eficientes sistemas de falantes com cornetas. Em 1992 num artigo do Joe Roberts para a revista Sound Practice catalisou o renascimento do WE91A, para o deleite dos audiófilos.

Veja mais na página WE91A.