Sabão de coco natural

 

Este é um simples sabão de coco para uso na limpeza geral da casa, na cozinha e principalmente para lavar roupas. Depois de bem seco pode ser processado e transformado em sabão em pó para maquina de lavar roupas.

As pessoas que compram o sabão de coco industrializados se queixam que o sabão atualmente tem uma qualidade inferior, o poder de limpeza tem diminuido e o sabão se desfaz, fica muito mole em contato com a água.
Em parte isso é devido a ganância dos empresários que tem adicionado sal como carga para dar peso e a aumentar a lucratividade e isso compromete a performance do sabão. Este é o sabão de coco 100% natural, foi feito para usar uma quantidade de óleo de babaçú bruto e orgânico muito antigo que tinha aqui. A formulação é 80% de babaçu e 20% de óleo usado de cozinha, com um superfatting de 5% e como colorantes, dióxido de titânio para o branco, e óxido de ferro vermelho, oxido de cromio verde, oxido de ferro preto e violeta ultramarino, para o swirl. Foi usada a soda com concentração de 32%.

Quando se faz um sabão de coco usando somente o óleo de coco o sabão tem uma excessiva dureza que até dificulta o seu uso e também o cold process, gera muito calor (exotermia) com risco de trincar o sabão dentro do molde. Os 20% de óleo recuperado (canola/soja – 60/40) foi usado para minimizar estes problemas sem comprometer a qualidade do produto, inclusive deixando-o menos agressivo para a pele.

Esta saponificação com o ácido laurico presente no babaçú é muito reativa e o sabão tem que ficar no molde destampado para aliviar o calor gerado e está pronto para serem cortados após 4 horas, se deixar mais tempo fica impossível cortar nos cortadores de fios. Como há um forte despreendimento de calor e o molde fica aberto, há uma pequena carbonatação na superfície do bloco de sabão, pode ser visto no verde e no preto.

 

 

Sabão de óleo usado – por que não ser um sabão de primeira classe?

Normalmente aquele sabão que fazemos de óleo usado, reaproveitando o óleo e preservando a natureza, é sempre classificado como o sabão de “segunda classe”, aquele sabão relegado à limpeza geral, para lavar roupas e para a cozinha. É o sabão sem graça, sem cor e sem aroma, a não ser o cheiro de fritura, aquele que faz pouca espuma, espuma miúda e literalmente, se desfaz na água. Por que não fazer um sabão de óleo usado de “primeira classe” que tivesse aroma agradável, cor, espuma farta e grande, dureza e firmeza e que fosse digno de ser um sabão não só de limpeza mas eventualmente de banho também, por que não?

Por quase um ano recolhemos o óleo usado aqui em casa, antes dávamos para uma senhora que fazia sabão, uma mistura aproximada de 60/40 de canola e soja. O óleo após ouso era imediatamente colocado em um recipiente provido de uma peneira que retinha os sólidos e depois passado para frascos de plasticos onde o particulado fino era decantado por meses. Quando acumulou uns 20 litros, foi filtrado em papel sintético e separado do decantado, obtendo-se um óleo limpo, claro e isento de particulados e materiais liquidos insolúveis.

Foram preparados 6 lotes de 5kg de sabão por cold process usando 70/20/10 de óleo usado/óleo de palmiste/óleo de palma, SF de 5%. Um lote foi deixado ao natural, sem colorantes e sem fragância. Os demais, cada um recebeu uma cor de argila – verde, amarela, vermelha, rosa e azul, e as seguintes essências compatíveis com cold process – capim limão, baunilha, lavanda, floral e bergamota.

 

 

Sobreengorduramento no traço

Uma prática que algumas saboeiras(os) fazem é adicionar óleo da sobregordura no trace pensando, equivocadamente, que esse óleo é o que vai permacer insaponificado no sabão, isto é, sem reagir com a soda. Este é um dos mitos que povoam o mundo da saboaria artesanal, está tão enraizado que até em livros vc encontra esta prática.

Nada como uma teoria e uma experimentação científica para derrubar mitos.
Foi o que fez Kevin Dunn no seu trabalho: Superfatting and the Lye Discount. Este professor de química é o único químico que tem se dedicado a fazer uma abordagem científica de modo sistemático e tem com isso, contribuido de forma objetiva para explicar os fenômenos da saboaria artesanal.

Fiz uma tradução para o português deste artigo do prof. Kevin Dunn:

Sobreengorduramento e desconto de lixivia.pdf

O artigo original é este:

Superfatting and the lye discount.pdf

 

A importância da concentração de soda

Quando se quer calcular a quantidade de álcali (soda ou potassa) necessária para saponificar uma determinada quantidade de óleo ou mistura de óleos, o cálculo é objetivo e direto. É um cálculo fundamentado na relação estequiométrica da reação de saponificação, uma reação química. Pode ser feito manualmente, necessitando conhecer o índice de saponificação (IS) de cada óleo ou com o uso das várias calculadoras que existem on-line.

Tendo a quantidade de álcali – vou me referir à soda para facilitar, surge a pergunta: quanto de água devo utilizar para fazer a solução para diluir a soda?

Muitas pessoas nem fazem esta pergunta porque utilizam as calculadoras e as duas principais, já fornecem um valor default.

No Soapcalc é 38% de água como percentagem dos óleos e o da Mendrulandia fornece 28% de concentração de soda.

As pessoas pegam esses valores e saem a fazer o sabão. Acontece que na maioria das vezes estes valores não são os ideais para fazer o sabão. O Soapcalc ainda faz uma ressalva que o seu valor padrão é para quem está iniciando e depois, adquirindo experiência, muda para outros patamares de maior concentração de soda. O da Mendrulandia faz um explicação envolvendo os tipos de óleos e a concentração a usar. O que é ruim é que em ambas as calculadoras estas explicações ficam perdidas no meio das instruções que a maioria não lêem.

O fato é que a quantidade de água é muito importante para a performance do sabão nas propriedades de dureza inicial e tempo de secagem inicial. Inicial porque curva de dureza e secagem ao longo do tempo, ao final se aproximam de um ponto em comum. Se deixarmos um sabão comum por, digamos, 6 semanas, independentemente da quantidade de água que foi usada para diluir a soda, todos terão uma dureza similar e estarão secos igualmente. Agora, se tomarmos a dureza e a quantidade de água presente no sabão na primeira semana, se notará uma diferença grande, significativa. E aqui é muito importante a concentração da solução de soda.

Existem três modos de se expressar a quantidade de soda e água quando se vai fazer um sabão artesanal:

1 – Água como percentagem dos óleos

2 – Razão água : soda

3 – Concentração percentual de soda

As duas primeiras na verdade são modos não científicos de se expressar a concentração de uma solução soluto/solvente. É como expressar medidas de massa/volume como colher de sopa, colher de chá, copos, que tem razões históricas por trás, quando os recursos hoje disponíveis eram raros e caros. Há 20 anos atrás, quem poderia comprar uma balança digital?

O mais correto é expressar como concentração percentual de soda. Explicita a quantidade de soda e água presente em 100g de solução.

Fiz uma tabela para mostrar que a concentração de soda pode ser otimizada de acordo com algumas característica do sabão que se quer fazer, sua composição de óleos, o conhecimento de quem vai fazer, do modo que se quer fazer o sabão e também da interferência de alguns óleos essenciais e aditivos.

Os valores abaixo de 25% e acima de 40% estão assinalados em vermelho porque estão em regiões não recomendada, podendo haver separação de líquidos abaixo de 25% e reação muito rápida acima de 40%.

Os principais óleos saturados também conhecidos como óleos duros (hard oils) são os que contém predominantemente, ácidos graxos saturados na sua composição:
óleo de côco, palmiste, babaçú, palma, manteiga de karité, manteiga de cacau, e o esteárico (ácido graxo)

Os principais óleos insaturados também conhecidos como óleos moles (soft oils) são os que contém predominantemente, ácidos graxos insaturados na sua composição:
óleo de oliva, girassol, canola, soja, amêndoas doce, abacate, semente de uvas, arroz e mamona.

Só vou citar os dois extremos da relação saturados/insaturados. No máximo de 100/zero da relação sat/insat está o sabão de côco 100%., cujo único óleo é o que contém o ácido graxo saturado laurico que pode ser o côco, palmiste e babaçú. O traço deste sabão é muito rápido e a saponificação é exotermica, isto é, gera muito calor. Aqui é preciso trabalhar com uma concentração baixa de soda (mais água) do que o normal, algo abaixo de 30%, o que favorece um maior controle do traço e também pode evitar rachaduras do sabão no molde.

O outro extremo  é o venerado sabão 100% azeite de oliva, cujo único componente é o óleo de oliva, que contém predominantemente o ácido graxo oleico, um monoinsaturado. Muitos fazem este sabão usando o valor default de 28% de concentração de soda na calculadora da Mendrulandia ou 38% de água sobre  % de óleos na calculadora do Soapcalc, que corresponde a 25% de concentração de soda.  Este valores de concentração de soda podem ser enormemente otimizados usando até 40% de conc. de soda.

 

 

Sabão Luso – uma homenagem a Portugal

Este é meu último sabão do semestre. Vou estar ausente por um bom tempo, uma viagem longa! Deixo aqui meus agradecimentos a este pessoal incrível de Portugal. Muito obrigado por fazer parte do grupo Saboaria.

Este sabão quadriculado é feito do modo mostrado na figura abaixo.

Foi usado uma fórmulação básica bastante simples. O importante é sempre trabalhar com traço bem leve para permitir um bom nivelamento entre camadas e é fundamental no alinhamento preciso das cores.

 

Sabão série swirl – swirl de colher

 O que é o swirl

Sabão com swirl se refere a uma técnica para decorar um sabão usando duas ou mais cores para colorir uma barra de sabão feita por cold process. O efeito obtido é muito variado de acordo com o tipo de técnica de swirl utilizada, sendo o padrão mais comum é o que se assemelha ao marmorizado.

Swirl de colher Branco e Preto

Swirl de colher amarelo e preto

Swirl de colher branco e verde

Swirl de colher branco e azul

Tipos de swirl

Existem inúmeros modos  de se fazer o swirl que as vezes envolve o uso de duas ou mais técnicas ao mesmo tempo, como por ex. troca e cabide. Podemos citar:

Colher (spoon) – como o nome  diz, são usados colheres para obter o efeito
Pote (pot) – a mistura de cores é feita dentro do recipiente de preparao do sabão
Cabide (hanger) – é usado um dispositivo de arame parecdido com um cabide
Funil (funnel) – usa-se um funil para obter um padrão concêntrico
Coluna (columm) – usa-se uma coluna de perfil quadrado, redondo ou triangular
Arcoiris (rainbow) – as cores são depositadas em camadas multicoloridas
Troca (swap) – o molde é dividido em duas partes de cada cor e depois misturado
Pavão (peacock) – é desenhado figuras que lembra as penas do pavão
No molde (in the mold) – o swirl é feito no molde de vários modos

Condições para se fazer um swirl

É fundamental que se tenha um controle sobre o traço. Em todas as técnicas de swirl  é necessário que a massa de sabão tenha fluidez, que a viscosidade do traço seja baixa a média para permitir o escoamento, a mistura e o assentamento das massas coloridas. Se o traço for muito viscoso, impossibilita obter os padrões de swirl.

Para ter o controle sobre o traço é necessário gerenciar a sua formulação de tal modo que ela seja livre de componentes que aceleram o traço. A proporção de óleos com ácidos graxos saturados/insaturados deve ser mantida baixa na medida do possível, deve-se evitar aditivos que possam acelerar o traço como a cera de abelhas e conhecer o comportamentos dos óleos essenciais, evitando aqueles que aceleram o traço.

Em termos de processo, trabalhar em condições que minimizem a aceleração dos traço. Trabalhar com concentração baixa de soda, isto é, quanto mais água, melhor. As concentrações de 25% a 30% são os limites, sendo o ideal 28%. Manter a temperatura dos óleos e soda baixas, abaixo de 30° C.
O uso do mixer deve ser feito com muita cautela, precisa ter experiência e domínio do seu uso.

Colorantes a usar no swirl

De preferência usar colorantes que são especialmente formulados para essa finalidade. Normalmente são líquidos e soluveis em água e facilmente dispersos na massa de sabão e permanentes, não desbotam ou mudam de cor na soda e tem resistência a luz. Este colorantes não são encontrados por aqui, precisam ser importados.

Um alternativa viável seria o uso de pigmentos e argilas. A maioria dos pigmentos são de difícil dispersão, precisam primeiro um pre-mix  com um pouco de óleos para desagregar, com o risco de formar pontos e grumos na massa.
Veja mais sobre colorantes para sabão neste post:
https://japudo.com.br/2013/01/10/o-que-usar-para-colorir-os-sabonetes-cold-process/

Técnica de swirl – colher

Quem sabe esta técnica seja a mais simples e fácil de fazer um swirl.
Normalmente é usado em swirl de duas cores e os passos são:

1 – prepare o sabão deixando no traço mínimo, adicione as fragâncias e os aditivos, se for o caso,
2 – divida a massa em duas partes propocionais ou não dependendo do efeito desejado.
3 – misture em cada parte o colorante escolhido e misture bem. Se necessário use o mixer, mas com cautela.
4 – use uma colher de sopa pequena para cada cor e vá adicionando alternadamente no molde previamente preparado. Deposite cada colherada de uma cor deixando um espaço, não sobreponha, e deixe rastros entre uma deposição e outra. Siga com outra cor, formando camadas, até completar o molde.
5 – bata o molde para assentar a massa e eliminar vazios e bolhas

Melhor do que ler, é ver. Existem dezenas de vídeos que mostram as técnicas de swirl, é só pesquisar e assistir.

A formulação do sabão é bem básica, somente três óleos que dão as propriedades normais de um sabão balanceado. No caso do sabão amarelo e preto foi usado o óleo de palma bruto (azeite de dendê) no lugar do palma para dar a cor amarela.

 

 

Shampoo em barra cabelo oleoso e corpo

Nesta formulação foram mantidos todos os óleos do shampoo em barra cabelo e corpo, que é mais indicado para cabelos normais e finos. Foi acrescentado 15% de óleo de côco ou babaçú ou palmiste, o que fica bastante adequado para cabelos oleosos devido a ação de limpeza destes óleos. Pela quantidade baixa, a ação de limpeza será bem suave mantendo as propriedades emolientes deste tipo de shampoo.

Para obter a cor rosa claro foi adicionado calamina, um mineral de óxido de zinco com uma pequena quantidade de óxido de ferro, que tem uma cor rosa pália e ação terapeutica  no condicionamento da pele. A cor normalmente se acentua um pouco à medida que o sabão seca.

clique aqui para fazer o download da fórmula

 

 

Sabão de enxofre – uma experimentação

Por muitos anos o sabonete contendo enxofre é reconhecido como eficaz no tratamento de uma variedade de condições de pele, notadamente na redução de acnes. Aqui no Brasil a marca mais conhecida é a Granado, Confiânça em Portugal e Dr. Kauffman nos USA.

Costuma ser oferecido com duas dosagens de enxofre, normalmente 10% e 4% e também com adição de ácido salicílico. Tem testemunhos de pessoas com pele muito oleosa que costuma tomar o banho diário com o de 10% de enxofre. A recomendação no tratamento de acnes severas é desenvolver a espuma e passar essa espuma na região afetada e deixar agir por alguns minutos.

Resolvi tentar fazer este tipo de produto na saboaria artesanal. Na pesquisa que efetuei nada encontrei em lugar algum que tivesse uma referência de como fazer sabão de enxofre no escopo artesanal. Os produtos comerciais imagino que seja uma massa básica de sabão que é adicionado o enxofre e extrussado normalmente.

Uma ressalva, como o título do post diz, essa é uma experimentação que fiz e portanto muitos pontos ainda estão na esfera de experiência e não estão totalmente esclarecidas. Se você quiser duplicar, fica por sua conta e risco.

Cold Process

Optei por iniciar pelo cold process usando as duas dosagens de enxofre, 4 e 10%.
A primeira dúvida, como adicionar o enxofre. Dois modos, ou misturar nos óleos ou adicionar no trace. O enxofre é absolutamente insolúvel na água e com uma agravante, nem sequer é possível dispersar na água, simplesmente não mistura e nem é molhado pela água, fica sempre sobrenadante. Também não é solúvel em óleos, é mais tolerante quanto à molhabilidade, mas não dispersa bem nos óleos.
Escolhi adicionar no trace porque se já é difícil dispersar nos óleos, imagina misturar na massa engrossando no trace.

Depois de 24 horas, no momento de desmoldar, o sabão com 4 % de enxofre estava completamente mole que não era possível manusear e foi preciso esperar 48 horas, mas mesmo assim o sabão continuava mole e assim ficou até o final de 20 dias. A princípio não consegui entender o que ocorreu neste sabão que ficou muito mole e gorduroso, sinal de que não todo os óleos saponificaram.
O sabão de 10% estava normal, com uma dureza razoável e foi possível cortar em seguida.

Este sabão com 10% de enxofre à medida que secava começou a desenvolver manchas nas superfície do sabão. Essas manchas é do pó de  enxofre que migrou para a superfície do sabão.

Essas manchas podem ser removidas com raspagem e elas não tem tendência a retornar.

Este sabão com 10% de enxofre, feito por cold process tem característica boas, tem dureza, faz uma boa espuma e a sua propriedade de limpeza é extremamente alta, apropriada para uma pele muito oleosa, típica de um sabão de enxofre.

O sabão com 4% de enxofre continua mole depois de 20 dias e o interessante é que formou uma camada externa de cor amarelada e o interior adquiriu uma cor marrom bem escura. Essa camada de cor amarelada  é provavelmente óleos que não saponificaram. Isso pode ser por falta de soda que pode ter sido consumida em alguma interação com o enxofre, por mais estranho que possa parecer. Este sabão não deu certo e será descartado.

Clique aqui para fazer o download da fórmula

Hot Process

Alterei a formulação para economizar os óleos caros e fiz uma fórmula bem simples  retirando o óleo de abacate e a manteiga de karité e aumentando o oliva e o mamona. O processo utilizado foi um hot process convencional com uso da panela de cozimento lento (crock pot). A fase gel translúcido foi obtida com 2 horas de cozimento. Dividi a massa, uma parte em um banho-maria e a outra permaneceu na panela de cozimento lento. Nesta do banho maria foi adicionado 10% de enxofre e na outra os 4%.

Em ambos os casos foi muito difícil incorporar o enxofre na massa do hot process. Forma se grumos de difícil dispersão, mesmo adicionando mais água quente à massa.

Neste de 4% de enxofre que foi adicionado na massa que permaneceu na panela, no fundo da panela, onde a temperatura é maior, o enxofre fundiu e formou grumos de cor castanho escuro, típica do enxofre fundido. O enxofre tem um ponto de fusão ao redor de 112° C e forma um líquido de alta viscosidade e de cor castanho escuro.
Os pontos brancos são da massa de sabão que não foi misturado com o enxofre.

Os dois sabões de enxofre por hot process tem boas propriedades em geral apesar do aspecto não muito uniforme, devido aos pontos brancos da massa não misturada com o enxofre e dos pontos escuros devido à fusão do enxofre.

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Conclusão

Comparando a cor do sabão feitos com os dois métodos é possível inferir que existe uma interação entre a soda e o enxofre no cold process. A cor escura é produto desta interação, o que não acontece no hot process pois a saponificação já ocorreu quando da adição do enxofre e a cor se mantém como a cor natural do sabão, um pouco mais clara devido a própria cor do enxofre. O sabão com 4% por hot process a cor é mais escura comparado com o de 10% pelo mesmo processo porque houve uma pequena fusão de enxofre que tingiu um pouco o sabão.

Essa interação do enxofre com a soda somente é possível se existir um agente redutor que potencializa a reação da soda líquida com o enxofre. Pode ser que haja um redutor na mistura de óleos que possibilita esta reação. É só uma hipótese que carece de uma comprovação

A maior dificuldade está na incorporação do enxofre na massa de sabão de tal modo que fique uma mistura homogênea. Como a solubilidade e a dispersão do enxofre é nula tanto na água como nos óleos e muito dificil obter uma boa mistura. A agravante é que o enxofre tem uma forte tendência a formar grumos de difícil dispersão. Um modo para minimizar é peneirar o enxofre em uma malha fina antes de incorporar e adicionar lentamente, mexendo, se o processo permitir. Outra dificuldade é a fusão do enxofre que gera um líquido viscoso de cor castanho escuro que acaba por contaminar o sabão quando feito por hot process se a temparatura subir demasiadamente.

O sabão com 4% de enxofre por cold process precisa ser repetido para determinar a causa do amolecimento e do excesso de óleos sem saponificar. Posso ter cometido algum erro que me foge à percepção, pois é muito estranho o ocorrido que me fez descartar o sabão.

Fica pendente também a eficácia deste sabão artesanal de enxofre com relação ao tratamento de acnes pois não foi possível até agora fazer os testes.

Shampoo de neem em barras

O óleo de Neem é conhecido por suas propriedades antibactérias e antifungos, mas também tem ação benéficas sobre algumas condições da pele como, acne, caspa, micose, psoríase e eczemas.

Esta é uma fórmula convencional de um shampoo para cabelos e também para o corpo, com predominância de óleo de abacate e oliva, ricos em oleico para um condicionamento suave da pele, palmiste em pequena quantidade para uma média ação de limpeza, palma para a dureza, mamona para a cremosidade e o óleo de neem com ação contra bactérias e fungos.

O óleo de neem tem um odor característico e pungente que foi minimizado com a mistura de óleos essencias de lavandin, litsea cubeba, tea tree, alecrim e limão siciliano. 

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Sabão Preto Beldi feito artesanalmente

O que é o sabão preto Beldi

O sabão preto Beldi é um  sabão típico do Marrocos usado nos banhos (Hamman) do oriente, o banho turco ou sauna a vapor, principalmente na cidade praiana de Essaouria na costa Atlântica do Marrocos, onde este sabão foi criado.

O sabão Beldi é um sabão na forma de pasta que não faz muita espuma, de cor castanho escuro, rica em vitamina E, que possui muita propriedades benéficas para a pele, onde se destaca a sua ação exfoliante além de hidratar e suavizar a pele. É usado para preparar a pele para a exfoliação manual, purificando a pele ao espessar as células mortas para a posterior retirada.

Como é usado o sabão Beldi

Com a pele estando quente e úmida no ambiente de vapores da sauna, é passado em todo o corpo o sabão preto Beldi, deixando atuar por 10 minutos como uma máscara de tratamento. Decorrido o tempo é retirado completamente e em seguida, com uma esponja adequada, usa-se no Marrocos a esponja Kassa apropriada para o Hamman, procede se a exfoliação enégica onde as células mortas da pele são facilmente retiradas.
Este ambiente de vapores e calor pode ser reproduzido, guardadas as devidas proporções, no ambiente doméstico ao deixar formar os vapores com o chuveiro ligado no box de banho.

Formulação do sabão Beldi

Existem vários tipos de sabão Beldi sendo o tradicional a cor escura e a fragância de eucalipto. O sabão é composto de óleo de oliva e pasta de azeitonas pretas saponificadas com potassa (KOH).

Até o começo deste mês de abril, nada sabia sobre o sabão preto do Norte da África e do Oriente Médio e especificamente deste sabão preto Beldii do Marrocos. Foi colocado um post no grupo Saboaria, de Portugal, onde tomei o primeiro contato. Fiquei muito interessado com a composição e a aparente simplicidade. Um comentário no meu blog do saboeiro Luis Carlos Gulias me fez ver uma possibilidade de fazer este sabão artesanalmente por hot process com o processo do sabão líquido, bastando deixar em forma de pasta e não diluir para o sabão líquido.

Analisando os componentes deste sabão vc chega a conclusão que o componente chave é a pasta de azeitonas. É um raciocínio empírico, por exclusão, pois sem a pasta de azeitonas, este sabão seria um simples sabão de oliva em forma de pasta. A azeitona tem aproximadamente, varia de acordo com o espécie e outras variáveis tipo clima, 52% de água, 19% de óleo, 1,5% de proteina, 19% de áçúcar, 7% de celulose e 1,5 de cinzas. Pois estes componentes é que devem conferir as propriedades características do Beldi.

A fórmula ficou assim elaborada :
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Fazendo o sabão preto Beldi
Componentes

Comprei as azeitonas pretas para preparar a pasta e optei por azeitonas pretas do Líbano, apesar da cor não ser muito uniforme, variando de escuras para algumas mais claras. A vantagem é que estavam em salmoura e descaroçadas

Estas azeitonas pretas libanesas foram deixadas em água quente por 5 minutos para eliminar o óleo superficial e depois trituradas até virar um patê de azeitonas com o uso de um processador de alimentos.

Usei um óleo de oliva extra virgem espanhol que comprei em uma promoção. Não costumo desperdiçar extra virgem para sabão, mas este estava com um bom preço.

Processo

Foi seguido o processo normal de hot para o sabão líquido que está no site:

https://japudo.com.br/saboaria/sabonetes-liquidos/, mas com algumas ressalvas:

– como é um sabão 100% oliva, o trace é bem demorado, coisa de 15 minutos com o uso intensivo do mixer.

– esse uso intensivo do mixer incorpora muito ar na massa e nas primeiras 2 horas de cozimento é preciso prestar atenção para evitar a erupção da massa mexendo com a espátula.

– Existe um movimento de convecção na massa mas não suficiente para despreender o ar ocluido na agitação

– como a massa se torna escura a partir da segunda hora, fica difícil observar as fases característica do hot com KOH – applesauce, mashed potatoes, etc.

– Após 3 horas o pH estava em 9, indicando uma reação completa de saponificação.

– deixei mais 1 hora, totalizando 4 horas, para evaporar um pouco de água e deixar a pasta mais viscosa.

 A pasta de azeitonas pretas é misturada com o óleo de oliva.

O traço demora para acontecer, precisa usar o mixer intensivamente.

Como foi usado o mixer intensivamente há muito ar ocluido na massa e há o perigo de erupção.

Quase ao final de 3 horas de cozimento.

Este é o aspecto após 4 horas de cozimento e o final do processo.
Foi deixado esfriar até 60º C e adicionado os óleos essenciais de eucaliptos.

Após overnight o aspecto final do sabão preto Beldi.

O sabão preto de Beldi

 


Castile Soap 100% Olive by cold process – myth or reality?

Today packing up my mess I found a box full of soap, soaps made in 2009 and 2010, all in perfect condition, packed in cellophane.

Among the various soaps there was a Castile Soap 100% Olive, a pure, with nothing and another with green clay, both odorless. It was a great find because it is difficult to have a soap with such longevity!

Immediately remembered the discussion about the 100% olive oil soap that somehow got me positioned as a critic of such mono-oil soap by cold process handmade.

Immediately remembered the discussion about the 100% olive oil soap that somehow got me positioned as a critic of such mono-oil soap by cold process handmade.

This Castile soap as it is called, has nothing of the old Castile soap led to the Mediterranean lands of Spain by the Moors in the 11th century, who knew the techniques of Aleppo soap.

In the absence of fruit bay oil, soap made only with the olive in the hot boiling process and with the use of soda ash (barilla) as alkali for saponification and salt solution to precipitate the soap, which removes glycerol.

Two centuries later this soap was taken to Marseille in the 13th century and began production of the famous and traditional Marseille Soap, which unfortunately the company producing today are in dire straits.

Obviously today we can not witness the performance of the original Castile soap but can be a base soap from Marseille who inherited much of Castilla. This type of soap has a peculiar characteristic and easily noticed to do a little foam and small foam.

Olive Soap 100% handcrafted from cold process inherited this trait or “defect” of Marseille Soap and probably the original Castile. Also with one aggravating the soap has hardness in use, its dissolution is too large in contact with water, becomes sticky and forms a residual mass dissolved and the soap scum on the surface.

However inherited the fabulous feature of conditioning, providing hydration and softness to the skin, without equal.

As contact is in verse and prose that 100% olive soap made by cold process goes along the extensive drying time, some recommend 6-9 months, acquiring the best properties as a whole and I was now in hands of Castile Soap 100% olive with 3-year-old just said I needed to confirm this.

The online calculators give an estimate of the performance of soap in five properties, which are: hardness, cleanliness, conditioning, lather and creaminess / persistence.

The calculators are the most used and Soapcalc Mendrulandia. The Soapcalc, more critical, pointing to the Castile soap the following deficiencies: zero cleaning , zero bubbly and 17 for hardness and 17 for creaminess.

The Mendrulandia the less critical, points out the shortcomings of foam and persistence at the lower limit and hardness and cleanliness halfway from ideal.

 

The Mendrulandia the less critical, points out the shortcomings of foam and persistence at the lower limit and hardness and cleanliness halfway from ideal.

This three years soap has a good hardness but not enough to be a stone-like hardness, pressing hard enough to sell, but gives no breaks. The hardness is somewhat lower than conventional soap with olive, coconut and palm with the same drying time.

The foam remains difficult development and small and very easy soap dissolves on contact with water leaving some cream on the surface of the soap.

Compared with a conventional soap with olive, coconut and palm notice the big difference in the type of foam, large, abundant and easy development.

How is the soap after use.

What we can conclude is that, despite the long drying time and storage, the soap Castlla 100% olive made by cold process there is an improvement in the properties hearing over time.

Despite these shortcomings Castile Soap 100% Oliva by cold process, this soap is still unbeatable for sensitive skin and is widely used for bathing babies and children, for their high power conditioner.

 

Sabão de Castilla 100% Oliva por cold process – mito ou realidade?

Hoje arrumando as minhas bagunças encontrei uma caixa cheia de sabão, sabões feitos em 2009 e 2010, todos em perfeito estado, embalados em celofane.

Entre os vários sabões lá estava um sabão de Castilla 100% oliva, um puro, sem nada e outro com argila verde, ambos sem cheiro. Foi um grande achado pois é difícil se ter um sabão com tal longevidade!

De imediato lembrei da discussão sobre o sabão 100% azeite que de algum modo tenho me posicionado como um crítico deste tipo de sabão mono-óleo por cold process feito artesanalmente.

Este sabão de Castilla como é chamado, não tem nada do antigo sabão de Castilla levado ao Mediterrâneo, nas terras de Espanha, pelos mouros no século 11, que conheciam as técnicas do sabão de Aleppo.

Na falta do óleo do fruto do louro, fizeram o sabão somente com o oliva em processo a quente em ebulição e com o uso da barrilha como álcali para a saponificação e solução de sal para precipitar o sabão, o que retira a glicerina.

Dois séculos depois esse sabão foi levado à Marselha e iniciou no século 13 a produção do famoso e tradicional sabão de Marselha, que infelizmente as empresa produtoras hoje passam por sérias dificuldades.

Obviamente hoje não temos como testemunhar a performance do sabão de Castilla original mas uma base pode ser o sabão de Marselha que herdou muito do Castilla. Este tipo de sabão tem uma característica peculiar e facilmente notado de fazer pouca espuma e espuma miúda.

O sabão 100% oliva feito artesanalmente por cold process herdou esta característica ou “defeito” do sabão de Marselha e provavelmente do Castilla original. Também com uma agravante, o sabão não tem dureza no uso, sua dissolução é muito grande no contato com a água, fica pegajoso e forma um resíduo de massa dissolvida e espuma na superfície do sabão.

Entretanto herdou a característica fabulosa de condicionamento, proporcionando uma hidratação e emoliência à pele, sem igual.

Como é contato em versos e prosas que o sabão 100% oliva feito por cold process vai ao longo do extenso tempo de secagem, alguns recomendam de 6 a 9 meses, adquirindo melhores propriedades como um todo e eu tinha agora em mãos um sabão de Castilla 100% oliva com 3 anos de idade, só me faltava confirmar tal dito.

As calculadoras on-line permitem ter uma estimativa da performance do sabão nas cinco propriedades, que são: dureza, limpeza, condicionameto, espuma e cremosidade/persistência.

As calculadoras mais usadas são o Soapcalc e o Mendrulandia. O Soapcalc, mais crítico, apontam para o sabão de Castilla as seguintes deficiências:  zero de limpeza, zero para espuma, 17 para dureza e 17 para cremosidade. 

O da Mendrulandia, menos crítico, aponta as deficiências de espuma e persistência no limite inferior e dureza e limpeza a meio caminho do ideal.

Este sabão de 3 anos tem uma boa dureza mas não chega a ser uma dureza tipo pedra, se pressionar com força chega a ceder, não rompe mas cede. A dureza é um pouco inferior à um sabão convencional com oliva, côco e palma com o mesmo tempo de secagem.

A espuma continua sendo de difícil desenvolvimento e pequenas e o sabão dissolve muito fácil ao contato com a água deixando um certo resíduo, uma nata na superfície do sabão.

Comparando com um sabão convencional com oliva, côco e palma nota-se a grande diferênça do tipo de espuma, grande, farta e de fácil desenvolvimento.

Como fica o sabão após o uso.

O que podemos concluir é que, apesar do longo tempo de secagem e estocagem, no sabão de Castilla 100% oliva feito por cold process não há uma melhora nas propriedades deficientes ao longo do tempo.

Apesar destas deficiências do sabão de Castilla 100% Oliva por cold process, este sabão continua imbativel  para pele mais sensíveis e é muito usado para o banho dos bebês e crianças, pelo seu alto poder condicionador.

 

Shampoo em barras cabelos & corpo

Este é um sabão artesanal vegetal e vegan, feito por cold process, um shampoo sólido para cabelos e corpo em forma de barras. Não é comum o uso de um shampoo sólido em forma de barras para o trato dos cabelos.

Na saboaria artesanal quando se faz um shampoo para cabelos, normalmente se faz um sabão líquido pelo método hot process. No sabão líquido sempre existe a necessidade de óleo de côco ou babaçú ou palmiste porque o laureato de potássio é o mais solúvel dos sais de sabão e confere ao sabão líquido a solubilidade necessária e também a transparência.

O óleo de côco por outro lado é conhecido por sua forte ação de limpeza, o que, dependendo da quantidade usada, pode ser até agressivo para a pele e principalmente, para o couro cabeludo, uma área de muita sensibilidade.

Como existe um limite para a quantidade de óleo de côco, não é possível formular um bom shampoo líquido para cabelos sem óleo de côco.

Pensando na possibilidade de fazer um shampoo em barras sem óleo de côco, passei a trabalhar numa formulação adequada para isso.

O objetivo era ter uma shampoo que tivesse o máximo de propriedades condicionadoras e o mínimo de agressividade à pele e couro cabeludo.

Lembrar que propriedade condicionadora significa principalmente emoliência e humectação, emoliência atuando como um lubrificante e humectação aumentando o conteúdo de água na pele.

Selecionei dois óleos com excelentes propriedades condicionadoras, o óleo de oliva e o óleo de abacate. O oliva é sobejamente conhecido por suas ótimas caracteristicas para a pele e o abacate também muito conhecido pelos benefícios aos cabelos, recuperando cabelos ressecados e deixando-os sedosos.

O óleo de palma cuja função principal é dar dureza ao sabão, foi eliminado para potencializar as quantidades do oliva e do abacate, que totalizam 70%.

Os 12% de óleo de mamona é uma quantidade razoável para ter uma boa cremosidade e espuma espessa. A principal função da manteiga de karité nesta formulação é dar um pouco de dureza ao sabão. O óleo de jojoba contribui em muito para o bom trato do couro cabeludo e sua quantidade é mantida baixa para não comprometer a dureza pois seus quse 10% de insaponificáveis derrubam a dureza. O açúcar está para auxiliar a melhorar a formação de espumas.

Esta formulação é bastante diferente, não usual, quebra as regras de uma boa formulação. É semelhante ao sabão 100% oliva onde predomina o oleato de sódio. Se colocar em uma calculadora que fornece as propriedades do sabão, como o Soapcalc, verá que é uma formulação “desbalanceada”, com uma proporção de insaturado/saturado de 80/20. Por exemplo, tem zero de limpeza, isto é claro, porque não tem côco, tem dureza abaixo do limite inferior sem o palma e a espuma no limite inferior pois o açúcar não entra nos cálculos. Em contrapartida tem um condicionamento  muito além do limite superior. Acontece que esta formulação é desbalanceada propositalmente, tudo foi elaborado para que desse um ótimo condicionamento sacrificando outras propriedades, dentro do aceitável.

Com a ausência de óleos saturados este sabão tem um defeito, muito similar ao sabão com 100% óleo de oliva. Quando molhado ele fica pegajoso e tem uma certa tendência a solubilizar mais rápido do que um sabão normal com palma e côco. Nada muito grave que deprecie o sabão, tomando os cuidados devidos para sabões deste tipo não haverá problemas. Este é o preço que se paga para ter o máximo de condicionamento para os cabelos.

clique aqui para baixar a fórmula completa

 Após uma semana de secagem fiz um teste de uso deste shampoo em barras. Todas as propriedades preditas foram alcansadas e em muitas delas superaram as expectativas. O shampoo depois de secar somente por uma semana já tem dureza suficiente para ser manuseado sem problemas. A massa é bem uniforme e sem granulosidade e aspereza (não tem côco). Tem farta espuma com bolhas médias, cremosidade típica do mamona e um razoável grau de limpeza. Deixa os cabelos soltos e sedosos. Cumpre as funções típicas de um bom shampoo e também, o melhor, é muito bom para o corpo. deixa a pele aveludada bem perceptível por um longo tempo após o banho. O shampoo realmente fica pegajoso após o uso mas seca bem e fica bom para o próximo uso

 

 

 

Analysis of palm free soap formula

It has been commented on in soap group of Portugal, relevant issues of the negative impacts of cultivation and extraction of palm oil, made from a non-sustainable, socially incorrect by the world’s largest producers, Indonesia and Malaysia.

I had already commented on this issue post – “Palm oil can be sustainable?”: http://www.japudo.com.br/en/2013/01/01/can-palm-oil-be-sustainable/

People more mobilized want to ban the use of palm oil in handmade soap and both seek alternative formulations that do not contain the palm. It is perfectly possible to make a formulation without palm, palm remembering that is rich in palmitic acid and stearic acid rather than the acids are saturated giving the required hardness to the soap. The rule then is to seek butters and oils that are high in palmitic and stearic.
There are no many options and usually expensive compared to the palm. They are, cocoa butter, shea butter and rice bran oil.

Ana Caseiro Duarte Costa  soaper from Saboaria group soap posted a link from the site of  Amanda Griffin soaper, where she explains very well the issue of palm and also presents five alternative formulation of palm free.

I was curious to know what would be the impact on costs of replacing palm for these more expensive raw materials.

I contacted Amanda Griffin and she kindly gave me permission to publish these formulas here on the site.

Amanda’s website is: Http://www.lovinsoap.com/2012/06/palm-free-recipes-day-1/ # comment-3816

I did the analysis and the result shows a large impact on costs. Reaches almost double the cost and the best of the alternatives, the cost increase is 57%.

This same analysis done for the conditions of Portugal and there is also a strong impact in general.

Our luck is that Brazil is the 7th producer of palm oil and different other giants of Asia, our production is done in a sustainable and responsible through the serious work done by the largest company headquartered in the state of Pará

If someone wants the complete spreadsheet, please contact me.

 

 

Análise de fórmulas de sabão livres de palma

Tem sido comentado no grupo Saboaria, de Portugal, as questões relevantes dos impactos negativos do cultivo e extração do óleo de palma, feitos de modo não sustentável, socialmente incorretos,  pelos maiores produtores mundiais, a Indonésia e a Malásia.
Já tinha comentado esta questão no post – “O óleo de palma pode ser sustentável?”: https://japudo.com.br/2013/01/01/o-oleo-de-palma-pode-ser-sustentavel/.

As pessoas mais enganjadas querem banir o uso do óleo de palma no sabão artesanal e para tanto, buscam formulações alternativas que não contenham o palma. É perfeitamente possível fazer uma formulação sem palma, lembrando que o palma é rico em ácido palmítico e um pouco de ácido esteárico que são os ácidos saturados que conferem ao sabão a dureza necessária. A regra então, é buscar óleos e manteigas que são ricos em palmítico e esteáricos. Não existe muita opções e normalmente são caros comparados ao palma. São eles, a manteiga de cacau, a manteiga de karité e o óleo de arroz.

A Ana Caseiro Duarte Costa do grupo Saboaria postou um link do site da saboeira Amanda Griffin, onde ela explica muito bem a questão do palma e também apresenta cinco alternativas de formulação livre de palma.

Fiquei curioso de saber qual seria o impacto nos custos da substituição do palma por essas matéria primas mais caras.

Entrei em contato com a Amanda Griffin e ela, gentilmente, me deu a permissão de publicar estas fórmulas aqui no site.

O site da Amanda é:

http://www.lovinsoap.com/2012/06/palm-free-recipes-day-1/#comment-3816

Fiz a análise e o resultado mostra um grande impacto nos custos. Chega a quase dobrar os custo e na melhor das alternativas, o aumento no custo é de 57%.

Este mesma análise fiz para as condições de Portugal e também há um impacto forte de modo geral.

A nossa sorte é que, o Brasil é o 7º produtor de óleo de palma e diferente dos gigantes da Ásia, nossa produção é feita de modo sustentável e responsável, graças a um trabalho sério feito pela maior empresa sediada no estado do Pará.

Se alguém quiser o trabalho completo que está numa planilha, por favor, entre em contato.

Molde simples

Muitos já tem o seu molde que usam e estão satisfeitas com ele.
Entretanto as pessoas que estão começando tem certa dificuldade em obter ou faze-los.
Desenhei este molde simples cujas dimensões são de 300 x 90 x 100 mm que permite fazer 12 barras de sabão de 130g no tamanho padrão de 90 x 60 x 25 mm. Para esta 12 barras de tamanho padrão, a quantidade de massa de sabão necessária é de 1560g. Como tem uma altura de 100mm, permite fazer barras com maior altura, limitada à 85 mm.

Caso queiram fazer um guia de corte para cortar o sabão com uma faca, lâmina ou um fio de aço inox esticado, tem um desenho de como fazer as ranhuras no molde.
Se quiserem um molde menor, é só redimensionar as peças horizontais, por exemplo, para 6 barras as medidas serão pela metade.

A foto acima é de um modêlo anterior, tem só uma diferênça na peça lateral.

 

O arquivo em pdf pode ser baixado na página de dowloads – clique aqui

 

Revestimento para molde

Este revestimento reutilizável para molde usei por um longo tempo, é feita de folhas de plásticos em tamanho A4 que se usam para encapar trabalhos. Podem ser usados as de acetato ou de polipropileno, sendo estas, mais resistentes. Podem ser encontradas em papelarias ou lojas que fazem fotocópias e encadernação.

Tem um pequeno problema da massa as vezes grudar um pouco no revestimento, mas nada que comprometa o acabamento da barra de sabão. Para reutilizar basta lavar e secar.

O arquivo em pdf pode ser baixado na página de dowloads – clique aqui